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Aécio diz que Dilma “está assustada” e não se preparou para enfrentá-lo no segundo turno

Candidato do PSDB ironizou ida da presidente-candidata do PT a Belo Horizonte em sua última agenda política

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 out 2014, 11h51

No último ato político de campanha antes das votações deste domingo, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse neste sábado que a decisão da presidente-candidata Dilma Rousseff de encerrar suas atividades políticas em território mineiro indica que ela deve estar “assustada” com a possibilidade de enfrentá-lo no segundo turno das eleições. Dilma decidiu ir a Belo Horizonte para sua última agenda política, dividindo as atenções do eleitorado mineiro às vésperas do primeiro turno. Segundo maior colégio eleitoral do País, Minas tem sido considerada pelas campanhas fundamental para alavancar votos para o tucano Aécio, que governou o Estado por duas vezes e, do lado petista, para contrabalançar a provável vitória de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo – entre os mineiros, o petista Fernando Pimentel deve ser eleito amanhã em primeiro turno.

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“[A presença de Dilma em MG] prova que ela está assustada. Acho que ela não se preparou para nos enfrentar. Vamos para o segundo turno e ganhar a eleição. Ela está percebendo onde vai ser disputa, e a disputa será conosco”, disse ao desembarcar no município de Santa Luzia. Ele ainda ironizou o fato de Dilma recorrer à Minas (estado onde nasceu), mas votar em Porto Alegre, onde construiu sua carreira. “[Sobre a presença de Dilma em Minas] A minha orientação a nossos companheiros é manifestar sempre a nossa tradicional hospitalidade a quem nos visita. Pena que não ficará aqui muito tempo porque não vota em Minas Gerais, mas vamos recebê-la com sempre recebemos aqueles que vêm de outras partes do Brasil”, disse.

Ao comentar as atividades políticas na reta final da campanha, o tucano, que intensificou consideravelmente as agendas em território mineiro e conseguiu empatar com Marina Silva na segunda colocação da corrida presidencial, minimizou a avaliação de quadros do PT de que ele seria mais “fácil” de ser vencido por Dilma no segundo turno. E mais uma vez se colocou como o candidato apto a resgatar o crescimento econômico e a confiança do empresariado e do mercado financeiro.

“Quando eu antecipo o nome de quem será ministro da Fazenda [o do economista Armínio Fraga] se vencer as eleições, quero sinalizar que teremos uma política fiscal absolutamente transparente. O meu governo não será o governo dos pacotes ou dos planos mirabolantes, será o governo da previsibilidade”, explicou. Entre as propostas de Aécio está retomar a inflação para o centro da meta, de 4,5%, e depois reduzi-la ainda mais. Para ele, sua eleição agora produziria estabilidade aos mercados – um movimento oposto à primeira eleição do presidente Lula, em 2002.

“O que os mercados aguardam são regras para saber como vai funcionar o futuro governo. O máximo que a atual presidente da República conseguiu nos apresentar foi quem será seu futuro ex-ministro da Fazenda. Não se tem noção alguma de para que caminho ou para que lado vai se a presidente ganhar as eleições. O nosso caminho está absolutamente claro e, se eu vencer as eleições, teremos um efeito oposto e inverso àquele que tivemos em 2002, quando o presidente Lula venceu as eleições”, afirmou.

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Em carreata na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, Aécio acabou se encontrando com militantes do PT, que ocupavam a mesma rua que percorria com correligionários. O candidato virou o rosto para o lado oposto ao dos petistas e não houve tumulto. Ele havia sido informado previamente da presença de simpatizantes do PT, mas decidiu continuar o trajeto.

Marina – Na reta final da campanha, depois de estar tecnicamente empatado com Marina Silva, Aécio Neves passou a criticá-la de forma menos contundente, o que tem sido interpretado por aliados como uma possibilidade de ambos se unirem no segundo turno. Uma parceria entre PSDB e PSB foi defendida publicamente pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Neste sábado, mais uma vez Aécio poupou Marina, embora ainda tenha mantido críticas mais leves a alterações que a pessebista promoveu em seu programa de governo.

“Estou muito feliz com a forma que estamos chegando. Não tive de transigir ou alterar posicionamentos ao longo da campanha e isso me alegra. Não tive de ceder em absolutamente nada. A minha campanha é a expressão mais pura das convicções minhas e de um grupo enorme de pessoas que construíram conosco um projeto para o país. Farei uma campanha sempre firme na defesa daquilo em que acredito, mas generosa em que pelo menos da minha boca os ataques pessoais não sairão”, disse.

“Ninguém é melhor do que ninguém. Tenho enorme respeito pela Marina, que disputa com dignidade a oportunidade também de presidir o Brasil, da mesma forma que eu. Mas eu tenho a oportunidade de oferecer ao Brasil um projeto experimentado, um grupo político altamente qualificado em todas as áreas e a experiência de um governo extremamente exitoso. [É importante] A experiência nessa hora para o enfrentamento das dificuldades que vamos ter pela frente”, completou ele.

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