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Aécio comemora Datafolha e vê garantia de segundo turno

Em reunião no Rio para finalizar programa de governo, senador tucano propõe reformas para criar 'ambiente de previsibilidade' para a economia

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
3 jul 2014, 19h12

Candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves comemorou, no Rio de Janeiro, o resultado da última pesquisa Datafolha, feita nos dias 1º e 2 de julho e divulgada nesta quinta-feira. O instituto registrou uma redução na distância entre os candidatos de oposição e a presidente Dilma Rousseff. “A diminuição dos votos brancos e nulos asseguram o segundo turno. Dá uma grande segurança de que poderemos estar no segundo turno. Essa pesquisa foi muito positiva para a oposição”, afirmou, após uma reunião para conclusão das diretrizes do plano de seu plano de governo.

O Datafolha registrou alta nas intenções de voto na presidente Dilma Rousseff (PT) de 34% para 38%, e de 19% para 20% no presidenciável tucano. A quantidade de eleitores sem candidato caiu de 30% na pesquisa anterior para 24%. Nas simulações de segundo turno, Dilma vence tanto Aécio quanto Eduardo Campos (PSB). O primeiro é derrotado por 46% dos votos contra 39%, e o segundo por 48% a 35%. “Mesmo com nível alto de desconhecimento sobre candidatos de oposição, essa pesquisa deve continuar preocupando o governo”, afirmou Aécio.

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O tucano evitou detalhar o plano de governo nesta quinta-feira. A proposta vai ser protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo sábado pela manhã. Depois de se encontrar com o ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB), coordenador do programa de governo, Aécio apresentou princípios gerais, como defender reformas dos serviços públicos, da segurança pública, tributária, política e “uma ampla reforma da infraestrutura”. As propostas foram elaboradas nos últimos dois meses. Anastasia colheu e organizou propostas de um colegiado que tem, entre outros integrantes, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.

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“A primeira orientação foi no sentido de que o objetivo fundamental do futuro governo será ter preocupação com o bem-estar das pessoas. Como fazê-lo? O objetivo principal é implementar algumas reformas que são nucleares no Brasil, como reforma dos serviços públicos, reforma da segurança publica, reforma tributária, reforma política e também uma ampla reforma da infraestrutura que está em situação muito negativa no Brasil hoje”, afirmou Anastasia.

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O encontro ocorreu em uma espécie de quartel-general da campanha de Aécio no Rio, em um prédio comercial no Leblon, Zona Sul do Rio. Aécio destacou que as medidas detalhadas vão surgir nos próximos meses, mas adiantou que, de forma ampla, vai garantir um princípio caro a investidores globais: previsibilidade de regras.

“Vamos apostar em parcerias com setor privado para investimentos em infraestrutura, criando um ambiente de previsibilidade. É uma palavra presente nas nossas preocupações. Medidas tem que ser previsíveis. Está claro para nós que queremos um Estado eficiente e a reinclusão da economia brasileira nas cadeias globais. Queremos uma relação com setor privado sem riscos, que estimule a retomada dos investimentos”, declarou Aécio.

O candidato voltou a afirmar que a economia brasileira vive um processo de “estagflação” (inflação elevada acompanhada de estagnação do crescimento). E destacou que o plano de governo vai contemplar medidas que permitam o controle da inflação e a retomada de um ciclo de desenvolvimento sustentável da atividade econômica.

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“As medidas que serão tomadas para enfrentar essa dramática conjunção de circunstâncias serão detalhadas ao longo da campanha. Claro que queremos que o país retome o crescimento em bases sólidas, sustentáveis, controle a inflação, resgate a credibilidade do Brasil sem o exacerbado e incompreensível intervencionismo do governo federal”, disse o senador.

O plano de governo tucano deve abordar propostas para a Petrobras, um dos principais pontos de crítica no mercado em relação à gestão petista. Ações da empresa sofreram uma debandada de investidores devido ao entendimento de que a estatal é usada pelo governo para controlar a inflação, com o represamento de reajustes de combustíveis. A gestão da empresa também é criticada pelos sucessivos escândalos, como a prisão do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, acusado de comandar um esquema de desvio de verbas da Petrobras e de superfaturar obras de refinarias. O senador tucano afirmou que o governo adota medidas de “improviso”, ao ser questionado sobre a entrega de campos do pré-sal, com até 20 bilhões de barris de petróleo, para exploração da Petrobras, sem licitação, em regime de partilha, na chamada cessão onerosa.

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“Nas nossas diretrizes vocês vão ver algo sobre a Petrobras também. Vamos discutir à luz do dia e não nas madrugadas insones do governo as medidas mais eficazes para o país e para a Petrobras. Há um conjunto de medidas tomadas no improviso pelo governo e não há avaliação racional sobre a consequência dessas medidas”, criticou o candidato.

No encontro, também houve críticas ao ritmo de inauguração de obras pela presidente Dilma Rousseff, na última semana permitida pela legislação eleitoral. “Estamos vendo um governo à beira de um ataque de nervos, porque usa os últimos instantes que a legislação permite para prometer novas obras que em doze anos não conseguiu fazer. Vejo um governo querendo jogar as últimas cartas, assumindo compromissos para próximos meses que não conseguiu cumprir em anos de governo. Infelizmente uma das marcas desse governo é a perda de credibilidade, o descompasso entre o que é proposto e é feito”, afirmou.

Às vésperas da disputa nas quartas de final entre Brasil e Colômbia, Aécio reforçou a torcida pela seleção brasileira. “Vamos torcer muito pela Copa, o Brasil merece essa alegria. Torço muito para que Brasil ganhe, mas espero que possamos ganhar também em 5 de outubro, porque aí sim vida das pessoas pode mudar para melhor.”

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