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Advogados de Bruno vão tentar anular provas na Justiça

Ércio Quaresma busca ajuda no Instituto de Criminalística da Unicamp. Defensor do ex-policial Bola quer que perito tenha acesso ao sítio do goleiro

Por Adréa Silva, de Belo Horizonte (MG)
16 ago 2010, 18h28

Ércio Quaresma quer produzir ‘contra-perícia’. Zanone Júnior, que defende ex-policial Bola, tenta provar que Eliza não esteve no sítio onde, segundo a polícia, ocorreu o assassinato.

Os advogados de defesa dos acusados da morte da jovem Eliza Samudio se preparam para tentar anular, no Tribunal do Júri, as provas reunidas pela polícia mineira ao longo de um mês de investigação. O goleiro Bruno Fernandes, afastado do Flamengo, e outros sete réus podem pegar até 42 anos de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, seqüestro e cárcere privado qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos (Bola), a pena pedida é de 33 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Responsável pela defesa do goleiro e da maior parte dos envolvidos no crime, o advogado Ércio Quaresma amanheceu nesta segunda-feira em Campinas, em São Paulo, para uma reunião com peritos do Centro de Criminalística da Unicamp. O objetivo de Quaresma é reunir elementos para apresentar, na Justiça, uma “contra-perícia” para questionar as provas materiais e testemunhais colhidas pela polícia e que fundamentam a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais.

“O trabalho da Policia Civil de Minas Gerais é questionável. Eles não encontraram nenhuma prova concreta para incriminar ou deixar alguém preso. A maioria das perícias realizadas pela polícia mineira será alvo de abordagens paralelas da defesa”, adiantou Quaresma, que, desde a fase das investigações, tentar desqualificar depoimentos e evidências apontadas pelos investigadores contra o goleiro e os demais acusados.

Quaresma também recorreu a outro advogado experiente para traçar a estratégia de defesa de seus clientes. Na semana passada, o advogado mineiro teve encontro com Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, figura freqüente em casos de grande repercussão no Distrito Federal. “Kakay é meu amigo pessoal. Tivemos um encontro informal”, despistou Quaresma.

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Ataque às provas – Encarregado da defesa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de ser o executor de Eliza Samudio, o advogado Zanone Manoel de Oliveira Júnior vai tentar livrar seu cliente apostando na tese de que a vítima nunca esteve no local onde, segundo a polícia, ocorreu o assassinato.

Em entrevista a VEJA.com, Zanone Júnior afirmou que as investigações paralelas para provar que Bola é inocente estão em andamento. “Não há provas de que a Eliza esteve na casa de meu cliente. Nem a própria polícia civil conseguiu levantar provas da passagem da moça pelo imóvel”, afirmou Zanone, que contratou, como assistente da defesa, o perito criminal George Sanguinetti.

Sanguinetti e Zanone pretendem pedir autorização aos advogados de Bruno para realizar perícias no sítio do jogador, em Esmeraldas. O perito já esteve no sítio em Vespasiano, onde Eliza supostamente foi assassinada, e recolheu material para confrontar os indícios apresentados pela polícia e pelo Ministério Público.

Junto com Bruno, foram denunciados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, seqüestro e cárcere privado qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor o amigo do jogador, Luiz Henrique Romão (Macarrão), Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza (Coxinha), Daianne Rodrigues do Carmo Souza (mulher de Bruno), Elenílson Vitor da Silva, Sérgio Rosa Sales e Fernanda Gomes de Castro. Todos os réus estão presos em Minas Gerais. O menor J., primo do jogador e primeiro a afirmar à polícia que Eliza tinha sido assassinada, recebeu sentença de internação por ter participado do seqüestro e do homicídio de Eliza e está em uma unidade para menores em Belo Horizonte.

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