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Advogado desiste de defender primo do goleiro Bruno

Em entrevista à TV, Jorge Luiz Rosa Sales, que era menor de idade quando Eliza Samudio foi assassinada, afirma que Bruno tinha conhecimento do crime

Por Da Redação
25 fev 2013, 14h15

Após a divulgação da entrevista de Jorge Luiz Rosa Sales ao Fantástico de domingo, na Rede Globo, o advogado Elieser Jonatas de Almeida Lima decidiu não representar mais o primo do goleiro Bruno Fernandes. Nesta segunda-feira, o criminalista disse que só foi comunicado sobre a entrevista no sábado e achou melhor não se envolver mais nas decisões do rapaz. À frente da defesa de Jorge Luiz desde 14 de julho de 2010, Lima afirmou ter cumprido todo seu trabalho com o caso que se refere ao sequestro de Eliza Samudio e do filho dela, o menino Bruninho, e ao sumiço da jovem.

Tiro pela culatra: primo dá entrevista e incrimina o goleiro Bruno

“Não compactuo com esse tipo de exposição. Mas também não tenho mais o que fazer neste caso, uma vez que Jorge Luiz já pagou pelo o que devia. Ele já não deve mais nada ao Judiciário e nem à sociedade “, disse o advogado. O criminalista disse desconhecer o motivo que levou Jorge Luiz a conceder a entrevista, mas acredita que o primo de Bruno tenha recebido orientação de algum colega, que representa os interesses do goleiro.

Jorge Luiz tinha 17 anos na época do crime e cumpriu dois anos e dois meses de medida socioeducativa, segundo a Justiça, pela participação no sequestro e morte de Eliza Samudio. Desde que deixou o centro de internação em Belo Horizonte, em setembro de 2012, passou a ser assistido por um programa de proteção.

CRONOLOGIA: Relembre os passos marcantes do Caso Bruno

Conforme Eliezer Lima, a família do rapaz temia que ele fosse vítima de algum atentado, por ter denunciado a trama de morte e delatado os responsáveis no desaparecimento da ex-amante do goleiro. O medo aumentou após a execução de Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno e de Jorge Luiz, que também contribuiu com as investigações da Polícia Civil e pronunciamento dos envolvidos. A decisão de não mais receber acompanhamento da Justiça Federal foi tomada pelo próprio Jorge Luiz e, desde dezembro, ele não está mais no programa de proteção. O advogado afirmou que o primo de Bruno estava se sentindo incomodado com a falta de liberdade. “Ele é jovem, rebelde, não queria mais ter os passos tolhidos”, explicou Eliezer.

Sobre as declarações durante a entrevista, o advogado falou que Jorge Luiz apenas confirmou o que já havia sido dito em outras ocasiões: que houve um crime, mas quem planejou tudo foi Macarrão. Para o criminalista, a única surpresa na entrevista foi o plano de morte contra a dentista Ingride Calheiros, atual mulher de Bruno – o jovem afirma ter recebido uma proposta de dinheiro de Macarrão para cometer o homicídio. Elizer Lima disse que Jorge Luiz nunca havia falado nada sobre esse fato.

O depoimento de Jorge Luiz é aguardado para o julgamento do goleiro Bruno Fernandes e da ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, previsto para ter início em 4 de março. O primo do jogador será ouvido como informante tanto pela defesa quanto pela acusação.

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