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Advertido sobre as consequências de mentir em juízo, primo de Bruno chora

Sérgio Rosa Sales acusou policiais de tortura e desmentiu seus depoimentos dados à polícia sobre o sequestro e a morte de Eliza Samudio

Por Andréa Silva, de Contagem (MG)
10 nov 2010, 19h41

“Se você estiver mentindo, você poderá ser processado por denunciação caluniosa, sabe disso?”, perfuntou, a Sales, o promotor Gustavo Fantini

Depois de voltar atrás em seus depoimentos, acusar policiais de tortura e desmentir versões apresentadas em mais de um depoimento, Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes, foi às lágrimas no Fórum de Contagem, na tarde desta quarta-feira. O choro do réu ocorreu quando a juíza Marixa Fabiane Rodrigues, que presidia a audiência, e o promotor do caso, Gustavo Fantini, advertiram o jovem de 22 anos sobre as conseqüências de mentir em juízo.

Como ao longo do inquérito sobre o seqüestro e a morte de Eliza SAmudio todos os acusados – agora réus – recusaram-se a falar, por orientação dos advogados de defesa, Sérgio Rosa Sales tornou-se peça fundamental para a acusação. Ele admitiu a presença da jovem no sítio do goleiro, confirmou horários e datas do transporte da jovem para o suposto local de execução e deu nomes de pessoas envolvidas.

Na audiência desta quarta-feira, no entanto, Sales, autor das principais revelações sobre o caso, negou tudo o que havia relatado e que consta no inquérito e na denúncia que levou o goleiro Bruno e outros sete acusados ao banco dos réus.

A mudança – que para o Ministério Público e a polícia não passa de uma estratégia da defesa – veio acompanhada de várias contradições ao longo do depoimento. Os desencontros nos relatos levaram a juíza Marixa a advertir o jovem: “Eu sei quando você está mentindo. Você já mentiu algumas vezes, assim como outros que já foram interrogados”, disse Marixa.

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O promotor Gustavo Fantini também fez um alerta ao réu sobre as acusações de que policiais o pressionaram e torturaram, para obter o depoimento. Depois de afirmar que as denúncias serão investigadas pelo Ministério Público, Fantini dirigiu-se ao jovem: “Se você estiver mentindo, você poderá ser processado por denunciação caluniosa, sabe disso?”.

Sérgio, então, abalado, mordeu a manga da camisa e caiu aos prantos. A partir daí, Não quis mais responder e a audiência foi interrompida.

Contradições – Em seu depoimento, Sérgio Rosa Sales parecia ter uma preocupação principal: inocentar o goleiro Bruno, a ex-mulher do atleta, Dayanne Souza, e a ele próprio. “Tenho a Dayanne como uma segunda mãe. Bruno e ela são meus pais. Eles cuidaram de mim”, disse. Em seguida, garantiu à juíza que Dayanne “não sabia do crime” nem “estava no sítio quando Eliza foi levada para ser morta”. Como horas antes ele próprio havia afirmado que não houve crime e que Eliza não foi mantida em cativeiro, a versão parece não ter convencido a juíza.

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