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Acusado de ser “possessivo” por ex-mulher, Sandro Dota passa mal e júri é interrompido

Irmã da vítima, Diana Consoli descreveu comportamento do ex-marido acusado de matar e estuprar a então cunhada Bianca Consoli, de 19 anos

Por Da Redação
25 jul 2013, 00h03

O segundo dia de julgamento do motoboy Sandro Dota, acusado de matar e estuprar em 2011 a então cunhada Bianca Consoli, de 19 anos, foi marcado nesta quarta-feira pelo depoimento da ex-mulher e irmã da vítima, Diana Consoli. Ela afirmou que Dota era “possessivo e não gostava de ser contrariado” ao Tribunal do Júri no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo. Dota deve ser ouvido a partir das 10 horas desta quinta-feira, já que ele disse estar “passando mal” e a sessão foi suspensa.

Diana afirmou que o ex-marido se comportava de maneira dúbia e que chegou a se distanciar de familiares por causa dele. “Na minha frente, Sandro se comportava de um jeito. Longe de mim, ele era uma pessoa completamente diferente”, disse. “Sandro era possessivo e não gostava de ser contrariado. Ele me afastava de tudo e de todos.”

Segundo Diana, Sandro e Bianca também eram distantes: “Minha irmã e ele pouco se falavam”. A irmã da vítima também disse que passou a suspeitar da inocência do ex-marido quando ele passou a ser investigado. “A partir do momento em que ele se negou a fornecer material para exame, percebi que havia algo errado”, disse Diana. “Depois que minha irmã foi morta, vizinhos me disseram que Sandro costumava mexer com as mulheres na rua.”

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Além dela, também depuseram as peritas Angélica de Almeida, Ana Cláudia Pacheco, Margarete Mitiko e Alaíde Mariano. Elas reforçaram a tese, corroborada pelos laudos, de que houve luta corporal entra a vítima e o assassino e de que o sangue colhido sob as unhas de Bianca é compatível com o encontrado na calça usada por Dota. Bianca também teve lesões na região genital. “O exame indica uma probabilidade de Bianca ter sido estuprada, mas não dá para ter absoluta certeza disso”, disse Angélica de Almeida.

O advogado de Dota, Ricardo Martins, argumentou que o réu não estuprou Bianca. O defensor também questionou onde estava o namorado de Bianca à época, Bruno Barranco, que chegou a ser investigado. A defesa tentou achar contradições no depoimento do rapaz sobre seu horário de entrada e saída do trabalho no dia do crime. Barranco, por sua vez, afirmou ao júri que Sandro teria tentado se aproximar da namorada. “Bianca me disse uma vez que Sandro já havia mexido com ela”, relatou. As outras testemunhas ouvidas foram Alcide Lourenço Santos, que trabalhava em uma obra na casa da tia de Bianca na época do crime, e a amiga da vítima Caroline Lima.

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Crime – Bianca, que tinha 19 anos e estudava finanças na Faculdade Anhanguera Educacional, em São Paulo, foi encontrada morta na noite de 13 de setembro de 2011, na casa onde vivia com os pais, no bairro de Parque São Rafael, Zona Leste de São Paulo. O corpo estava com um saco plástico na cabeça e sinais de estrangulamento.

No momento do crime, os pais da jovem haviam saído. Quando voltaram, encontraram Bianca caída no chão. Móveis estavam caídos, mas nada foi roubado. Também não havia sinais de arrombamento.

Logo Sandro Dota foi apontado como suspeito. Na época, ele era casado com a irmã de Bianca, Daiana Consoli. Ele se recusou a entregar amostras genéticas para testes, mas a polícia conseguiu apreender uma calça sua que estava suja de sangue.

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