Vítima de acidente na Mogi-Bertioga trazia abaixo-assinado contra motorista

Documento, que não identifica nome do condutor, tinha por destinatário a Secretaria de Educação de São Sebastião

Por Da Redação
10 jun 2016, 15h32

**1/6** Acidente envolvendo um ônibus fretado com estudantes deixa 18 mortos no km 84 da rodovia Mogi-Bertioga, em São Paulo - 09/06/2016 *(José Patrício/Folhapress)*

**2/6** O ônibus com estudades da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e Brás Cubas seguia para a cidade de São Sebastião - 09/06/2016 *(Jonny Ueda/Futura Press/Folhapress)*

**4/6** Viaturas e equipes do Corpo de Bombeiros trabalham no local do acidente de um ônibus fretado com estudantes na rodovo Mogi-Bertioga em São Paulo - 09/06/2016 *(Hélio Torchi/Sigmapress/Folhapress)*

**6/6** Acidente mata 16 estudantes em rodovia de São Paulo *(du Silva/Futura Press/Folhapress/VEJA)*

Entre os pertences das vítimas do acidente na Rodovia Mogi-Bertioga que matou 18 pessoas, foi encontrado um abaixo-assinado que pedia providências contra um motorista da empresa de ônibus fretados. O documento não tem assinaturas e também não identifica o alvo das reclamações. Na quinta-feira, pais de algumas das vítimas afirmaram que os filhos costumavam reclamar do motorista, mas a polícia diz que é prematuro atribuir a Antonio Carlos da Silva a culpa pelo acidente – em que também morreu.

O abaixo-assinado, endereçado à secretária de Educação de São Sebastião, Maria Zeneide Nunes da Silva Moraes, acusa “manobras ilegais” realizadas por um condutor “em tempo chuvoso e com neblina”. “Houve algumas atitudes do respectivo funcionário que coloca em risco a integridade física dos estudantes que utilizam o transporte”, relata trecho do documento.

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IML conclui identificação das vítimas de acidente com ônibus

O delegado titular de Bertioga, Maurício Barbosa Júnior, afirmou que quer começar a agendar os depoimentos dos sobreviventes a partir de segunda-feira. “A relação das vítimas só chegou hoje [sexta-feira]. Preciso fazer o contato com os sobreviventes para marcar um dia para ouvi-los”. Barbosa Júnior disse que irá falar com os feridos em São Sebastião. “Não vou pegar depoimentos nos hospitais”.

Perícia realizada pelo Instituto de Criminalística (IC) avaliará as condições do veículo, como freio, pneus e direção, além do local do crime. “Não existe um prazo definido, mas normalmente em 30 dias está concluído”, disse o delegado. Ainda de acordo com o delegado, as informações do tacógrafo vão auxiliar a polícia a montar o quebra-cabeças sobre o acidente, já que o equipamento pode dar informações sobre o comportamento do veículo desde quando ele deixou a universidade.

(Com Estadão Conteúdo)