Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

“A última palavra é do Supremo”, afirma Marco Aurélio

Ministro disse que réus condenados só devem ser presos depois de esgotadas todas as possibilidades de recurso, o que deve acontecer em novembro

Por Kamila Hage
19 out 2012, 21h45

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello minimizou nesta sexta-feira o argumento da defesa de réus do mensalão que pretendem recorrer a cortes internacionais do resultado do julgamento. “O Brasil é um país soberano. Tem a última palavra o Supremo”, afirmou o ministro a jornalistas depois de participar de um evento em uma universidade em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Leia também:

Tudo sobre o julgamento do mensalão Veja o placar do julgamento “Para o órgão julgador, o processo não tem capa. Tem unicamente conteúdo. O STF precisa fazer valer a Constituição Federal, esse é seu papel”, disse o ministro. Sem a cerimônia com que costuma proclamar seus votos no julgamento, Marco Aurélio brincou com os jornalistas no início da entrevista. Disse que, a qualquer momento, poderia ser interrompido pelo toque de seu celular, o hino de seu time do coração: o Flamengo. Questionado sobre o momento em que os réus condenados devem ser presos, o ministro discordou do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que defende que os mensaleiros sejam presos assim que forem decididas as penas. “A doutrina viabiliza a execução da pena apenas quando não cabe mais recurso”, disse. A maioria dos ministros acompanha o entendimento de Marco Aurélio. Mesmo com a decisão do Supremo, há a possibilidade de os advogados dos réus entrarem com embargos infringentes, para que haja uma nova análise do mérito da sentença. De acordo com o ministro, o acórdão do julgamento, já depois do recurso, deve ser publicado no início de novembro, ou seja, dentro de poucas semanas. O ministro evitou comentar as declarações do ex-presidente Lula, que disse que os brasileiros se importam mais com futebol do que com o julgamento do mensalão. Questionado, ele foi evasivo: “Lula não é acusado no processo. Ele lançou algo que sensibiliza muito o leigo.” Com 38 réus, 50.000 páginas de processo e 600 testemunhas, a Ação Penal 407 está sendo julgada desde agosto. Até agora, os ministros do STF já condenaram corruptos envolvidos no maior escândalo da República. Para Marco Aurélio, o julgamento deve mudar o cenário do combate à corrupção no Brasil. “O julgamento é importante para se tentar afastar aquele sentimento de impunidade.”

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.