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A porta é estreita para Fachin

O indicado de Dilma para o STF tem mais de 35 anos, saber jurídico e é idôneo. Mas tem também uma porção de ideias tortas e radicais. Caberá ao Senado dizer nesta semana se ele pode ocupar a vaga deixada por Joaquim Barbosa

Por Da Redação
8 Maio 2015, 22h51

O colunista de Veja.com Reinaldo Azevedo foi o primeiro, mas não o único, a notar algo de muito estranho na indicação do advogado Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal (STF). O escolhido de Dilma para a cadeira que pertenceu a Joaquim Barbosa foi rebarbado até mesmo por Lula quando, no Planalto, foi tentado em vão pelas mesmas forças que, agora, colocaram Fachin na agenda de Dilma. Como diz a Carta ao Leitor desta edição, “Fachin é muito diferente de todos os atuais e antigos ministros do STF (…) gravou um vídeo em que enaltecia Dilma (…) defendeu a tese de que a poligamia não deveria ser questão de Justiça (…) advogou a abolição do direito constitucional à propriedade privada”. A Carta ao Leitor também apela aos senadores para que, na sabatina desta terça-feira, questionem Fachin sobre como ele imagina poder conciliar convicções de um esquerdismo radical e anacrônico com a necessidade de dispensar justiça, interpretar e até transformar a Constituição de um país moderno e democrático como o Brasil.

Como observou com ironia o mesmo Reinaldo Azevedo, por chegar tão carregado de ideologia e práticas de esquerda radical, talvez o mais correto fosse Luiz Fachin primeiro esperar pelo triunfo da revolução comunista no Brasil e, só então, pleitear uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Faz todo o sentido. As convicções de Fachin não são arroubos idealistas defendidos naquela idade em que se é ousado o bastante para saber tudo e não explicar nada. Como diz o conhecido ditado, quem não é comunista na juventude não tem coração, mas quem continua comunista na idade madura não tem cérebro. Também não é o caso de Fachin. Com relação à capacidade de formular ideias concatenadas, ou seja, racionais, o indicado de Dilma é um mestre desde a mocidade. As suas ideias conversam muito bem umas com as outras. O problema é que elas trombam de frente com a realidade e saem esfaceladas do confronto. Todo o radicalismo de Fachin na juventude se manteve intacto em seu repertório in­te­lec­tual e jurídico até os dias de hoje, quando ele acumula 57 primaveras.

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