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À espera do TCU, começa o Dilma-3

Presidente deu posse ao novo time de ministros, cuja marca é o poder extra ao PMDB e a influência de Lula nas decisões políticas do governo

Por Laryssa Borges e Ana Clara Costa, de Brasília
5 out 2015, 16h38

Com toda a classe política à espera do julgamento do Tribunal de Contas da União, na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff deu posse nesta tarde à equipe ministerial que vai enfrentar os dias mais difíceis de sua gestão. A foto oficial da cerimônia é ilustrativa da dança de cadeiras: no centro, a presidente parece escoltada pelo vice, Michel Temer, e pelo novo homem forte do governo, o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. A leitura política é simples: Dilma tem de um lado o PMDB, fiel da balança para o seu futuro no cargo, e do outro o petista Jaques Wagner, instalado no posto para atuar como um porta-voz das ordens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A partir desta segunda seus dois principais aliados, Miguel Rossetto e Aloizio Mercadante – que ela fez questão de chamar de “meu amigo” no discurso – permanecem no governo, mas acabaram escanteados em pastas com pouca influência política. Rossetto saiu da Secretaria Geral da Presidência, que funcionava na antessala de Dilma, e seguiu para o Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Mercadante ainda aparece na foto, mas perdeu a Casa Civil e foi despachado por Lula de volta para a Educação.

Numa cerimônia curta no Palácio do Planalto, Dilma dedicou o discurso a agradecimentos protocolares e frases repetidas. “Queremos garantir mais equilíbrio à coalizão que me elegeu e que deve governar comigo. É um ato típico de governar rever continuamente a estrutura do Estado para que a cada momento ela seja mais adequada às legítimas demandas da nossa população”, afirmou Dilma. “Recomendo dedicação porque temos um Brasil para governar até 2018”, resumiu.

Paralelamente, o governo ainda tentar frear a votação do balanço de 2014 no TCU – que pode dar força ao movimento pró-impeachment que ganha corpo no Congresso -, por meio de um recurso destinado a afastar o ministro-relator, Augusto Nardes.

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Dilma listou o que espera de cada um deles, agradeceu os demissionários e defendeu “um Estado mais preparado para realizar o reequilíbrio fiscal necessário e imprescindível para a retomada do crescimento econômico”. “Estamos todos empenhados no reequilíbrio das contas públicas, na redução da inflação e na ampliação da confiança dos investidores na nossa economia. Estamos em uma travessia necessária de desafiadora, que requer intenso trabalho dos ministros e de todos os integrantes dos ministérios para conciliar o reequilíbrio fiscal e a manutenção dos programas e das políticas sociais”, disse.

Foram empossados nesta segunda os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Aloizio Mercadante (Educação), Celso Pansera (Ciência, Tecnologia e Inovação), Marcelo Castro (Saúde), Aldo Rebelo (Defesa), André Figueiredo (Comunicações), Nilma Lino Gomes (Política para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos), Helder Barbalho (Secretaria de Portos), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social). Também foram oficializados nos novos cargos Carlos Eduardo Gabas (Secretário especial da Previdência), José Lopez Feijóo (Secretaria Especial de Trabalho), Marcos Antonio Amaro (Casa Militar), Eleonora Menicucci (Política para as Mulheres), Rogério Sottili (Direitos Humanos) e Ronaldo Barros (Igualdade Racial).

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