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A dois dias de protestos, PT usa ato por educação para tentar salvar Dilma

Durante pronunciamentos, palestrantes fizeram declarações veladas contra a manifestação do dia 16 de agosto

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 ago 2015, 22h36

O evento, oficialmente, tinha como mote reunir caciques petistas e militantes do partido para discutir a educação no país. Mas o ato que recebeu o ex-presidente Lula nesta sexta-feira, em Brasília, virou palco para a cúpula do PT tentar esvaziar o protesto contra a presidente Dilma Rousseff marcado para este domingo. O desagravo começou logo na chegada de Lula: “Não vai ter golpe”, gritava a militância.

Durante quase três horas de pronunciamentos, os palestrantes fizeram declarações veladas contra a manifestação de 16 de agosto. O governador do Acre, Tião Viana, foi o mais direto: “O Lula nos chama para falar sobre educação. Os outros nos chamam para planejar golpe”, disse o petista.

Já o educador Mario Sérgio Cortella afirmou que o “democracídio” precisa ser impedido. “Há a necessidade de impedir que haja um assassinato da nossa democracia por meio daquilo que não pode e não deve ser feito com concordância da educação. Paulo Freire nos alertaria: cautela com os democracidas”, disse.

Os militantes presentes no evento usavam bonés vermelhos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e aplaudiam os discursos. Do lado de fora, barrados por uma grade, um grupo de professores em greve tentava uma conversa com o ministro da Educação, Renato Janine, e protestava contra o corte nos recursos destinados ao setor.

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No evento, houve ainda uma convocação para um ato em defesa ao governo no próximo dia 20. Em seu discurso, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, exaltou o “cidadão que vai às ruas para manter a chama da transformação”.

Lula – Último a discursar, o ex-presidente Lula fez uma mea culpa sobre a declaração despropositada do presidente da CUT, Vagner Freitas, que nesta quinta, em cerimônia no Palácio do Planalto, convocou a militância a ir às ruas “com armas na mão”. “Ontem o Vagner cometeu uma frase que certamente ele não queria cometer. Eu queria dizer: ‘Vagner, esse plano de metas de educação é a grande arma que a CUT tem de usar para mudar a história desse país. Não existe nada mais importante do que a educação pra fazer a revolução que nós tanto sonhamos”, afirmou.

Com o partido mergulhado em mais um escândalo de corrupção e sem apontar saídas para a crise econômica e política, o ex-presidente disse ainda que não tem vergonha de ser do PT. “Eu vim de São Paulo para cá com uma camisa preta. E eu resolvi neste ato fazer uma homenagem ao PT para as pessoas perceberem que nós nunca vamos ter vergonha de sermos do Partido dos Trabalhadores”, disse Lula, que vestia uma camisa vermelha.

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