Uma troca de e-mails de 2007 entre os empresários Marcelo Odebrecht e Roger Agnelli, então presidente da Vale, mostra, digamos, o cuidado que os executivos tinham com a conservação dos bens da União. O tema das mensagens, interceptadas pela Polícia Federal, era uma obra da Camargo Corrêa que teria, a partir de então, a Odebrecht como sócia. Marcelo contava a Agnelli o montante que poderia assumir da obra. Ao final da mensagem, um singelo PS com cara de conversa de arquiteto: “Vamos evoluir na reforma do pátio do Palácio da Alvorada? Se precisar de ajuda para definir qual é a pedra mais adequada, me avise”. Em 2006, foi concluída uma restauração do palácio patrocinada por 20 empresários ligados à Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), que têm entre seus associados a Odebrecht e a Camargo Corrêa. (Ana Clara Costa, de Brasília)