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Vazam dados de submarino francês comprado pelo Brasil

A Marinha do Brasil ressalta que 'os S-Br foram projetados atendendo especificações e há diferenças entre os submarinos nacionais e os outros'

Por Da redação
Atualizado em 5 set 2016, 08h53 - Publicado em 5 set 2016, 08h53

Segredos técnicos e informações sigilosas contidas em 24.500 páginas do projeto original dos submarinos de ataque Scorpène, de tecnologia francesa — quatro dos quais estão sendo construídos no Brasil pela Odebrecht Defesa e Tecnologia para reequipar a Marinha — correm risco. Detalhes dos planos foram revelados há pouco mais de uma semana na Austrália, depois de o governo local ter anunciado a escolha do mesmo submarino para renovar sua força naval. A operação envolve 12 embarcações, ao custo de 38,5 bilhões de reais.

O vazamento é acompanhado no Brasil pelo Ministério da Defesa. Uma versão avançada do Scorpène foi comprada pela Marinha. A encomenda das quatro unidades, mais ampla transferência de tecnologia, está sendo cumprida no novo estaleiro de Itaguaí, no litoral sul do Rio de Janeiro. O primeiro submarino, o S-BR/1, entra em operação em 2020. O contrato, que inclui o casco de um quinto modelo de propulsão nuclear, o estaleiro e uma nova base operacional, é o maior investimento do país na área militar — 6.790.862142, de dólares cerca de 22 bilhões de reais, com financiamento internacional de 20 anos.

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O jornal The Australian, que fez a revelação, teve acesso aos documentos referentes a uma encomenda feita pela Índia aos estaleiros DCNS, da França, abrangendo até nove Scorpène.

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Modelos — “Podemos definir o Scorpène como um submarino nuclear convertido para usar motores diesel-elétricos e, assim, tornar-se atraente para um mercado muito denso”, explicou um engenheiro francês ligado ao projeto. O especialista considera que o conhecimento privilegiado divulgado na Austrália “pouco compromete a segurança das marinhas que adotaram o produto, uma vez que todas elas incorporaram peculiaridades próprias para individualizar seus programas.”

A Marinha do Brasil, em nota assinada pelo contra-almirante Flávio Augusto Viana Rocha, ressalta que, embora sejam “originalmente da classe Scorpène, os submarinos em construção não possuem automaticamente as mesmas características dos submarinos desta classe em testes, construção e até já em operação por Marinhas de outros países”. De acordo com o almirante, “os S-Br foram projetados atendendo especificações estabelecidas pela Marinha, o que indica haver diferenças entre os submarinos nacionais e os outros”.

(Com Estadão Conteúdo)

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