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‘Último ditador da Europa’ é reeleito para seu quinto mandato na Bielorrússia

Alexander Lukashenko alterou as leis do país para poder se reeleger infinitamente e já está à frente da Bielorrússia há 21 anos. Oposição boicotou as eleições

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h23 - Publicado em 12 out 2015, 10h08

O presidente da Belarus, conhecido como o ‘último ditador da Europa, Alexander Lukashenko, se reelegeu neste domingo para um quinto mandato consecutivo em eleições boicotadas pela oposição. A Comissão Eleitoral Central anunciou que Lukashenko recebeu 83,49% dos votos, contra 4,42% para Tatiana Korokevich, segunda colocada na votação. Segundo a Comissão, a taxa de participação no país foi de 86,75%, caindo para 73,33% na capital, Minsk.

Lukashenko desejava obter uma taxa de participação convincente para legitimar sua reeleição. O governo quer mostrar que tem apoio popular para a União Europeia (UE), que até o final deste ano vai decidir se mantém ou suspende uma série de sanções impostas em 2011 ao país, após a violenta repressão que se seguiu à reeleição de Lukashenko em 2010. A campanha eleitoral foi marcada pela crise econômica nesta ex-república soviética de 9,5 milhões de habitantes. No poder desde 1994, Lukashenko, 61, conseguiu que o Parlamento do país alterasse uma lei para permitir reeleições infinitas – anteriormente, os presidentes só podiam ficar no poder por dois mandatos consecutivos.

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Tatiana Korokevich, 38 anos, foi a única candidata que esboçou uma campanha eleitoral, reunindo-se com eleitores e concedendo entrevistas. “Aqui o presidente tem muito poder, de temas de segurança à economia. Atualmente alguém que usa saias não pode ter este tipo de atribuições”, disse Lukashenko após depositar seu voto acompanhado de seu inseparável filho Nikolai, de 11 anos. “Mas, honestamente, estou muito feliz com o fato de uma mulher ter se apresentado”.

Oposição barrada – Observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) supervisionaram as eleições, que a oposição considerou uma farsa, já que seus líderes foram impedidos de se candidatar. “Os ocidentais querem, sobretudo, garantir que não haja novas prisões de opositores, violência nem perseguição da imprensa”, explicou um diplomata à agência France-Presse. O governo multiplicou nos últimos meses os gestos de boa vontade, principalmente liberando seis opositores detidos, incluindo um de seus antigos rivais das presidenciais. Nenhum deles foi autorizado a participar das eleições deste domingo. A oposição pediu seu boicote e apelou para que a UE não levante as sanções.

(Com agência France-Presse)

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