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Theresa May, a “nova Dama de Ferro” do Reino Unido

A segunda mulher na história do país a chefiar o governo - a primeira foi Margaret Thatcher - tem como missão conduzir a saída da União Europeia

Por Da Redação
Atualizado em 8 ago 2016, 11h46 - Publicado em 12 jul 2016, 07h14

Theresa May, a nova primeira-ministra do Reino Unido e segunda mulher na história do país a ocupar esse cargo – a primeira foi Margaret Thatcher -, terá a missão de implementar o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia. Ministra de Interior desde 2010, May, de 59 anos, tomará posse no lugar de David Cameron como chefe do governo britânico até 2020. Chamada de “nova Dama de Ferro”, em referência a Thatcher, e comparada com a alemã Angela Merkel, May é conhecida por sua firmeza de convicções e por se posicionar a favor de que o Reino Unido permanecesse na UE, embora tenha ficado à margem do centro das atenções durante a campanha do referendo de 23 de junho.

May deixou claro que seu objetivo é unificar a legenda conservadora, dividida entre os que apoiavam ou rejeitavam a saída do Reino Unido do bloco europeu, e também o país, rachado ao meio pelo apertado resultado da consulta popular – 52% contra 48%.

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Apesar de sua postura durante a campanha, ela se mostrou disposta a respeitar a vontade dos cidadãos: “Brexit significa Brexit. Não haverá um segundo referendo, nem tentativas de permanecer na UE”, garantiu. May também afirmou que não ativará antes de 2017 o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que torna efetiva a saída do país da UE.

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Entre os planos de May está a proposta de “recuperar o controle do número de europeus que entram” no país, e ela não garante que os imigrantes de países da UE que vivem no Reino Unido possam ficar em território britânico assim que for implementado o Brexit. Os deputados tories, como são chamados os conservadores, a definem como “uma mulher extremamente difícil”, que recebeu elogios por deportar o clérigo radical Abu Qatada e por se negar a extraditar aos EUA o hacker escocês Gary McKinnon, que invadiu os computadores do Pentágono.

May recebeu criticas por sua falta de carisma e por descumprir sua promessa de reduzir a cada ano em 100.000 o número de imigrantes nas ilhas britânicas. Ela evidenciou sua admiração por Margaret Thatcher, primeira-ministra britânica entre 1979 e 1990, mas ressaltou que não tem nenhum modelo em política e que prefere percorrer seu próprio caminho.

Um dos momentos pelos quais é lembrada remonta a 2002, quando se tornou a primeira presidente da bancada dos conservadores e alertou aos “tories” que eram vistos como um “partido desagradável” devido a sua intolerância com as minorias. Considerada uma das vozes modernizadoras da legenda, May apoia a igualdade de sexos e o casamento gay, embora em 2002 tenha votado contra conceder a essa minoria o direito de adoção.

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Biografia – Assim como Tatcher, May vem de uma família de classe média-baixa, filha de um reverendo anglicano e neta de duas empregadas domésticas. A futura primeira-ministra nasceu em 1º de outubro de 1956 em Eastbourne, no sul da Inglaterra, e se graduou em Geografia na Universidade de Oxford. É casada com Philip May, um executivo do setor bancário, desde 1980 e não tem filhos. Após seu período como estudante, May trabalhou durante seis anos no Banco da Inglaterra antes de ser eleita, em 1997, para uma cadeira como deputada no distrito de Maidenhead.

May logo se transformou em uma figura proeminente do Partido Conservador e trabalhou em postos de segundo escalão nos ministérios de Educação, Transporte, Cultura e Esportes entre 1999 e 2005, e depois em 2009 e 2010 no de Trabalho e Previdência. Nas eleições de maio de 2010, duplicou em votos a maioria necessária para continuar em seu posto, e David Cameron a nomeou ministra de Interior e ministra para a Mulher e Igualdade. May, que é fã de críquete, lamentou em diversas ocasiões sua incapacidade para ter filhos.

(Com ANSA e EFE)

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