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Venezuela: sufocados e famintos

Em três meses de protestos, já foram 89 as vítimas fatais da repressão

Por Nathalia Watkins
Atualizado em 10 dez 2018, 10h07 - Publicado em 9 jul 2017, 08h00

NA CAPITAL DA Venezuela, a pichação hambre (“fome”, em espanhol) substituiu “Chávez vive” como a mais comum pelas deterioradas ruas e viadutos. As filas para comprar comida tornaram-se raras, já que não há mais produtos a preços subsidiados nas prateleiras dos supermercados e a inflação tornou os itens básicos proibitivos para a maioria. Muitos buscam comida no lixo, pedem restos em restaurantes ou vivem de sopas distribuídas por quem ainda tem algo em casa. “Atirem pão porque temos fome”, diz um dos slogans na Praça Altamira, onde os opositores costumam concentrar-se. Somente no último ano, os venezuelanos perderam em média 9 quilos de peso.

Pelo menos três vezes por semana, protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro dominam a cidade. Para evitar a repressão, que costuma aparecer no final da tarde, o destino das manifestações não é revelado na véspera.

A linha de frente é jovem. Um em cada quatro manifestantes tem entre 18 e 24 anos, mas é comum deparar-se com meninos de 16 anos preparando coquetéis molotov em praças e debaixo das pontes. Eles amontoam areia, pedras, paus, pneus e lixo em vários trechos do percurso. Alguns recorrem a armadilhas, como o derramamento de garrafas de óleo no asfalto, em que pessoas e motoqueiros desavisados podem cair facilmente.

Na tentativa de defender-se das balas de borracha, do gás lacrimogêneo e dos tiros com armas de fogo, os meninos da primeira fila empunham escudos feitos de madeira, skates e latas. Alguns deles são pintados com as cores da bandeira do país ou com as palavras “Deus” ou “Venezuela livre”. O kit de defesa inclui garrafas com antiácido líquido para amenizar os efeitos dos gases lacrimogêneos, máscaras cirúrgicas e capacetes de bicicleta e de moto.

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Na atual edição de VEJA, a reportagem acompanhou por uma semana os protestos de rua contra o presidente Nicolás Maduro, que pretende sepultar o que resta da democracia com uma Assembleia Constituinte. A matéria traz detalhes dramáticos sobre a situação do país e analisa as esperanças da oposição, que tem pedido uma atitude dos militares. 

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