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Soldado israelense foi capturado enquanto tentava destruir túnel

Combates são retomados após fracasso de cessar-fogo; 62 palestinos morrem

Por Da Redação
1 ago 2014, 15h31

(Atualizado às 18h20)

Os combates entre as forças israelenses e os terroristas do Hamas foram retomados com ferocidade nesta sexta-feira na Faixa de Gaza, após o fracasso em manter o cessar-fogo de 72 horas. Israel afirmou que a trégua foi rompida após a captura de um dos seus soldados pelo Hamas e a morte de outros dois. Sessenta e dois palestinos morreram nas últimas horas como resultado das operações militares lançadas após a captura, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

De acordo com as Forças de Defesa de Israel, o soldado capturado se chama Hadar Goldin, e tem 23 anos. Ele desapareceu por volta de 9h30 (3h30 no horário de Brasília) enquanto participava da destruição de um túnel usado por terroristas na região de Rafah. Enquanto preparavam explosivos, os soldados foram surpreendidos pelos terroristas, incluindo um homem-bomba, segundo Peter Lerner, o porta-voz das Forças Israelenses.

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Um membro do Hamas afirmou para imprensa turca que um soldado israelense foi capturado, mas disse a ação ocorreu uma hora e meia antes do início do cessar-fogo, e que portanto ela não constituía uma violação do acordo. Posteriormente, o Hamas não confirmou nem negou a captura. Como resultado, Israel começou a efetuar diversas operações militares e bombardeios em Rafah, matando dezenas de palestinos ferindo mais de 350. Segundo o jornal The Guardian, Israel tem bombardeado a cidade pesadamente para impedir que o soldado seja levado pelos terroristas para outro local. A família do soldado afirmou em um comunicado que está “confiante que Israel vai fazer de tudo para trazer Hadar de volta para casa”.

O anúncio do desaparecimento de Goldin foi repercutido pelos EUA, que denunciaram que o Hamas tirou vantagem do cessar-fogo para atacar e capturar o soldado israelense.

O presidente Barack Obama pediu durante a tarde que o Hamas libertem o soldado capturado como condição prévia para a resolução de tensões na região e afirmou que esforços serão feitos para restabelecer um cessar-fogo fracassado. “Se eles são sérios sobre a tentativa de resolver esta situação, o soldado precisa ser libertado incondicionalmente o mais rápido possível”, disse Obama em entrevista coletiva.

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“Um cessar-fogo era uma maneira de conter a matança, recuar e tentar resolver algumas das questões subjacentes”, afirmou. “Tentar restabelecer isso juntos vai ser um desafio, mas vamos continuar a fazer esses esforços.”

Mais cedo, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, classificou o ataque como “violação bárbara do cessar-fogo” e pediu que outros países pressionem o Hamas para que ele respeite as tréguas acertadas. Já o secretário de Estado, John Kerry, fez um apelo para a que a Turquia e o Qatar usem sua influência sobre o Hamas para assegurar a libertação do soldado Goldin.

Em 2006, terroristas do grupo sequestraram o soldado Gilad Shalit e o mativeram prisioneiro por cinco anos. Ele só foi libertado em 2011, em troca de 1.000 prisioneiros palestinos que eram mantidos em Israel.

Operação – A operação israelense na Faixa de Gaza começou no dia 8 de julho, após terroristas lançarem mísseis contra o território israelense. Tanques e infantaria invadiram o território palestino, de 1,8 milhão de pessoas, em 17 de julho. Autoridades de Gaza dizem que mais de 1.500 palestinos, a maioria civis, foram mortos e cerca de 7.000 ficaram feridos. Do lado de Israel, 66 soldados perderam a vida e mais de 400 se feriram. Três civis morreram devido a foguetes disparados por palestinos contra Israel. Segundo as Nações Unidas, o número de palestinos abrigados em instalações da organização chegou a 250.000 nesta sexta-feira como resultado dos combates.

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