Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Sobe para 31 os mortos no atentado na fronteira entre Paquistão e Afeganistão

Por Da Redação
10 jan 2012, 10h32

(Atualiza com aumento do número de vítimas)

Agus Morales.

Islamabad, 10 jan (EFE).- Ao menos 31 pessoas morreram e 70 ficaram feridas na explosão nesta terça-feira de uma bomba no noroeste do Paquistão, palco de uma espiral de violência que contrasta com o descenso do terrorismo no restante do país.

O atentado, o mais grave dos últimos meses, ocorreu em um mercado na região de Khyber, na fronteira com o Afeganistão, como um funcionário dessa região tribal informou por telefone a Agência Efe.

A bomba explodiu às 10h45 (3h45 de Brasília) em um posto de gasolina do distrito de Jamrud e no início da tarde o número de mortos chegava a 31 mortos.

O funcionário descartou a possibilidade de ataque suicida e afirmou que a bomba foi detonada por controle remoto.

Continua após a publicidade

Jamrud fica na principal passagem terrestre que liga o Paquistão ao Afeganistão. A localidade está nos arredores de Peshawar, a capital da conflituosa província noroeste de Khyber-Pakhtunkhwa, reduto de diversas organizações insurgentes.

Na região ocorreram durante as últimas semanas várias explosões e confrontos entre as forças de segurança e os talibãs, e inclusive entre grupos islamitas rivais.

Na área são frequentes os atentados insurgentes contra as milícias antitalibãs, que apoiadas pelas autoridades combatem o aumento da esfera de influência dos fundamentalistas islâmicos.

Organizações islamitas e criminosas lutam por estabelecer estruturas de poder paralelas ao Estado em Khyber, por onde passa quase metade do abastecimento para as tropas estrangeiras no Afeganistão. Mas esta passagem e a de Chaman, mais ao sul, permanecem fechadas aos caminhões da Otan desde 27 de novembro.

O Paquistão tomou esta decisão em represália pela morte de 24 de seus soldados em um ataque com helicópteros da Otan na região tribal paquistanês de Mohmand, limítrofe com o Afeganistão, que abriu uma crise diplomática entre Islamabad e Washington.

Continua após a publicidade

Analistas e fontes de segurança acreditam que o Paquistão reabrirá em breve estas rotas cruciais para a atuação das forças estrangeiras na guerra afegã, embora o Governo de Islamabad não tenha indicado ainda quando fará isso.

O triângulo formado por Khyber, onde ocorreu nesta terça-feira o atentado, e as regiões vizinhas de Kurram e Orakzai – porta de entrada estratégica às fortificações talibãs do Waziristão -, é o epicentro da violência armada dos últimos meses no Paquistão.

No entanto, os ataques terroristas em grande escala desceram de forma drástica no restante do país durante o último meio ano, especialmente nos principais núcleos urbanos.

Conforme o estudo do Instituto do Paquistão para Estudos da Paz (PIPS), o número de mortos pelo terrorismo desceu em 2011 neste país 18% com relação ao ano anterior (de 2.913 a 2.391).

Fontes de segurança consultadas pela Efe acreditam que a tentativa de diálogo entre o movimento talibã paquistanês (TTP, na sigla em urdu) e as autoridades justifica em parte o descenso da violência terrorista.

Continua após a publicidade

Outros fatores são as ofensivas militares contra o TTP, que reúne as diferentes organizações islamitas armadas que atuam no Paquistão, e supostas desavenças entre estas facções, que têm agendas regionais e nacionais nem sempre coincidentes. EFE

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.