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Saiba o que mais estará em jogo nas eleições americanas

Renovação da Câmara dos Deputados, mudanças no Senado e até novas leis serão decididas nas urnas americanas em 8 de novembro

Por Da redação
Atualizado em 6 nov 2016, 08h23 - Publicado em 4 nov 2016, 16h15

A decisão entre a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump está longe de ser a única escolha que os eleitores americanos precisarão fazer no dia 8 de novembro. Parte do Congresso, centenas de cargos regionais e municipais e até mesmo novas leis estarão nas cédulas dos eleitores dos cinquenta Estados do país.

Apenas dois tópicos são comuns para todos os eleitores: o próximo presidente e a renovação da Câmara dos Deputados. Com um sistema político que dá maior liberdade aos Estados e municípios, as eleições serão diferentes para os moradores de cada parte dos Estados Unidos. Por mais que sejam menos comentadas, as corridas paralelas de novembro podem afetar o futuro do país tanto quanto o próximo ocupante da Casa Branca.

Entenda o que mais estará em jogo:

Senado

Cadeiras do Senado americano em 2016
Composição do Senado dos Estados Unidos em 2016 ()

Cada Estado americano é representado por dois senadores, totalizando cem membros, que são eleitos para mandatos de seis anos. Assim como no Brasil, a escolha dos representantes não ocorre de uma vez só. Nos Estados Unidos, há eleições para o Senado em todos os anos pares, quando cerca de ⅓ das cadeiras são colocadas para voto.

Em 2016, 34 cadeiras no Senado estão abertas para serem substituídas: dez que atualmente pertencem aos democratas e 24 ocupadas por republicanos. As novas eleições podem resultar em uma troca no partido detém a maioria no Senado – que neste período é o Republicano – e facilitar ou complicar as decisões do presidente eleito.

A corrida para o próximo Senado está acirrada: enquanto os democratas precisam ganhar cinco cadeiras, os republicanos não podem perder mais de três. De acordo com previsões do jornal The New York Times, o Partido Democrata tem 57% de chances de retomar o controle pelos próximos dois anos.

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Câmara dos Deputados

Cadeiras da Câmara dos Deputados em 2016
Composição da Câmara dos Deputados nos Estados Unidos em 2016 ()

A outra parte do Congresso bicameral americano é a Câmara dos Deputados, também chamada de Casa dos Representantes. Todas as suas 435 cadeiras estão abertas para votação em 2016 e os novos membros atuarão durante dois anos. Diferente do Senado, os Estados têm um número de deputados na Câmara equivalente a sua população. Os Estados de grande porte são divididos em distritos e cada região vota em seus próprios representantes.

A atual Câmara tem o maior controle republicano desde 1928, algo que os democratas anseiam por mudar em 2016. É improvável que ganhem as 32 cadeiras necessárias para que superem o adversário, porém, desejam ao menos diminuir a maioria republicana.

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Por coincidir com a data de escolha do presidente, o número de eleitores deste ano promete ser bem maior que o de 2014. Na última década, democratas costumaram ganhar espaço no Congresso em ano de eleições presidenciais, enquanto os midterms, pleitos realizados no meio mandato presidencial, ajudaram os republicanos.

Eleições regionais e locais

Eleições para governador nos EUA em 2016
Estados que votarão para governador em novembro de 2016 ()

O sistema político federativo americano dá muita liberdade e poder aos Estados e regiões, que podem definir seus próprios sistemas e regras. Não há uma data igual para as eleições de governadores, prefeitos e os diferentes formatos de conselhos locais, nem mesmo um tempo de mandato padrão.

Além de centenas de pleitos locais, doze Estados americanos irão aproveitar a ida às urnas no dia 8 para escolherem seus próximos governadores. Delaware, Indiana, Missouri, Montana, Carolina do Norte (NC), Dakota do Norte (ND), Utah, Washington e Virgínia Ocidental (WV) funcionam com mandatos de quatro anos, que vencem em 2016, enquanto New Hampshire e Vermont trabalham com mandatos bienais. O Estado do Oregon também realizou eleições em 2014, mas fará um pleito especial por causa da renúncia do governador John Kitzhaber.

Leis

A influência direta da população em legislações estaduais e locais é comum nos Estados Unidos, através do voto nas urnas. A cédula da Califórnia, uma das mais complexas do país, terá 17 propostas de lei para que os eleitores opinem, além da escolha de representantes.

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Os assuntos em alta nas eleições de 2016 vão desde de temas polêmicos, como a restrição na compra de armas e o suicídio assistido, até tópicos como a taxação de emissões de carbono em Washington. Nove Estados, por exemplos, decidirão sobre leis relacionadas ao uso recreativo e venda de maconha.

A liberdade para adendos na lei americana também causa situações complexas para os eleitores. Na Califórnia, duas medidas conflitantes sobre a pena de morte aparecerão na cédula: uma propõe banir a punição e outra tornar o processo no “corredor da morte” mais rápido. Se ambas passarem, a que tiver mais votos a favor prevalecerá.

No Colorado, há até uma medida para tornar mais difícil levar emendas constitucionais às urnas, tal o número de decisões que ficam nas mãos de eleitores e causam mudanças constantes. Regulamentações na saúde, aumento de impostos, mudanças no sistema educacional e aumento do salário mínimo também serão questionadas em diversos Estados.

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