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Rio+20 busca compromisso de países, FMI e BM com nova economia

Por Por Yana Marull
10 abr 2012, 13h23

O êxito da cúpula de desenvolvimento sustentável da ONU Rio+20, que reunirá em junho cerca de 100 governantes, depende do compromisso de países e instituições, como o FMI e o BM, para colocar a economia mundial no caminho do respeito ao meio ambiente e do combate à pobreza, afirmou o chefe negociador do Brasil, o país anfitrião do evento, André Corrêa do Lago.

“Acredito que a Rio+20 fornecerá os instrumentos para que o desenvolvimento sustentável seja um paradigma da economia. Que seja estabelecido que a economia e a luta contra a pobreza, com o meio ambiente”, são os pilares do desenvolvimento sustentável, disse Corrêa do Lago em uma entrevista à AFP.

“Acredito que pode haver uma convergência entre a agenda dos países emergentes, os mais pobres e os desenvolvidos” em favor deste objetivo, afirmou o negociador e diretor de Meio Ambiente da Chancelaria do Brasil, cuja presidente, Dilma Rousseff, presidirá a cúpula de 20 a 22 de junho.

O grande mandato da cúpula Rio+20, a pedido da ONU, é que o mundo defina uma trajetória em direção a uma economia verde e social que coloque em sintonia o desenvolvimento com as necessidades do meio ambiente e da luta contra a pobreza.

Os negociadores buscam para isso o apoio das grandes instituições econômicas. A próxima reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) neste mês em Washington debaterá a cúpula Rio+20 em um encontro promovido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pelo chefe do BM, Robert Zoellick, e pelo ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega.

Além disso, a Rio+20 reunirá os ministros da Fazenda do mundo e acolherá um grande fórum de empresários e líderes da economia mundial.

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“Não serve de nada” se empenhar em levar a economia mundial em direção ao desenvolvimento sustentável “sem envolver estas entidades, que são as que as áreas econômicas dos países levam a sério”, ressaltou Corrêa do Lago.

“A mudança dos padrões de produção e consumo é absolutamente vital”, advertiu, sobretudo porque “desde 1992 (ano da Cúpula da Terra no Rio) centenas de milhares de pessoas entraram na classe média” no mundo, somando-se ao consumo de bens de um planeta com recursos limitados e onde problemas como o aquecimento global são prementes.

O rascunho de declaração que os governos negociam arduamente contempla a adoção de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável que obriguem os países a assumir metas como segurança alimentar, acesso à água, empregos verdes e padrões de produção e consumo sustentáveis, entre outros.

Os países em desenvolvimento defendem que estes compromissos sejam aplicados às nações ricas e não apenas ao mundo em desenvolvimento, como as Metas do Milênio da ONU.

Outra proposta é conseguir que os países se comprometam a medir seu crescimento não apenas pelo avanço da economia (o PIB), mas também por indicadores sociais e ambientais.

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Ambientalistas e ONGs alertam para o perigo de uma declaração final muito vaga, na qual os compromissos não passem de declarações de intenções.

Corrêa não esconde que o fantasma da crise internacional paira sobre as negociações. Mas advertiu que “a crise demonstra que o que ocorre está equivocado e deve ser uma oportunidade para repensar a economia”.

Até o momento, a ONU espera na cúpula cerca de 100 governantes e chefes de Estado, explicou o responsável.

Esta será a quarta cúpula do desenvolvimento sustentável convocada na história, depois de Estocolmo, em 1972, Rio de Janeiro, em 1992, e Johannesburgo, em 2002.

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