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Resgatada do Boko Haram sente falta de seu marido terrorista

Amina Ali Nkeki, de 21 anos, foi uma das 276 estudantes sequestradas pelos extremistas em 2014 na Nigéria

Por Da redação
17 ago 2016, 17h39

A primeira estudante encontrada com vida após mais de dois anos sequestrada pelo grupo terrorista Boko Haram deu sua primeira entrevista nessa terça-feira. À agência de notícias Reuters, Amina Ali Nkeki, de 21 anos, disse que sente saudade do extremista com que foi obrigada a se casar, que também é o pai do seu bebê de quatro meses.

“Eu quero que ele saiba que eu ainda penso nele”, afirmou a jovem durante a entrevista. “Só porque fomos separados não significa que eu não pense mais nele.” Amin foi encontrada pelo exército nigeriano em maio deste ano na floresta de Sambisa, no norte do país, junto com o homem que afirma ser seu marido, Mohammed Hayatu.

O homem foi preso pelas autoridades locais. Segundo Amina, Hayatu trabalhava como mecânico na cidade de Mubi quando foi capturado pelo grupo terrorista e obrigado a lutar com suas forças. Os dois planejaram a fuga juntos.

Atualmente, a jovem e seu bebê são mantidas isoladas em uma casa na capital Abuja, para o que o governo chama de “processo de restauração”. Amina, contudo, afirma que só quer ir para sua casa. “Eu só quero ir para casa – não sei se para a escola”, disse à Reuters. “Eu vou decidir sobre a escola quando eu voltar, mas eu não tenho ideia de quando irei para casa.”

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Em 14 de abril de 2014, Amina e outras 218 meninas foram capturadas pelo Boko Haram depois que extremistas islâmicos bombardearam e invadiram a Escola Secundária de Chibok para meninas, onde estudavam. Os terroristas capturaram inicialmente 276 estudantes, mas algumas conseguiram escapar nas primeiras horas.

Segundo Amina, as meninas, mantidas pelos terroristas na floresta de Sambisa, passam fome e são obrigadas a comer milho cru. Além disso, algumas morreram no cativeiro, tiveram suas pernas quebradas ou ficaram surdas por estarem muito perto das explosões provocadas pelo Boko Haram.

No último domingo, os extremistas divulgaram um vídeo mostrando mais de 200 das estudantes sequestradas. Nas imagens, um terrorista com o rosto coberto pede aos responsáveis das jovens, conhecidas como “Meninas de Chibok”, que exijam ao governo da Nigéria a libertação de militantes do Boko Haram em troca da liberdade de suas filhas.

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