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Renzi ‘congela’ renúncia e quer eleições rápidas

O que não se sabe é qual será a duração do próximo gabinete. A atual legislatura termina em 2018, mas há pressões por novas eleições em 2017

Por Da redação
6 dez 2016, 09h19

Mantido no cargo pelo presidente Sergio Mattarella, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, só aceitou adiar sua renúncia com a condição de que a lei orçamentária de 2017 seja aprovada o mais rápido possível. Na manhã seguinte ao referendo constitucional do último domingo, no qual sua reforma política foi rejeitada por 60% dos eleitores, Renzi queria deixar o Palácio Chigi e até a secretaria do Partido Democrático (PD) imediatamente.

“Eu disse, sou diferente dos outros, não posso ficar nem um dia a mais”, dizia o premiê a seus aliados mais próximos, que lhe pediam para permanecer até pelo menos o fim do ano. No entanto, ele foi persuadido por Mattarella a “congelar” sua renúncia até a aprovação da lei orçamentária.

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O texto já recebeu o aval da Câmara, mas ainda precisa ser chancelado pelo Senado, onde a base aliada possui uma maioria estreita. Se o orçamento não for aprovado até 31 de dezembro, a Itália iniciará o ano que vem com as finanças paralisadas.

No fim das contas, o chefe de Estado convenceu Renzi de que ele só precisará postergar seu pedido de demissão em alguns dias. Com o fim da tramitação da lei, o primeiro-ministro poderá deixar o cargo sem nenhuma pendência e abrir caminho para a formação do novo governo.

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Incógnita — O que não se sabe é qual será a duração do próximo gabinete. A atual legislatura termina só em 2018, mas há pressões de todos os lados para que sejam realizadas eleições antecipadas já no primeiro semestre de 2017. O próprio Renzi defende ir às urnas em um prazo brevíssimo.

Com um capital de 40% do eleitorado — não o suficiente para vencer um referendo de “sim” ou “não”, mas bastante em uma eleição com a oposição fragmentada -, o premiê deve permanecer como secretário do PD, o maior partido da Itália, para capitalizar esse patrimônio de votos. O ideal para ele seria realizar eleições antes do próximo congresso da sigla, marcado para o ano que vem, para evitar os efeitos negativos de uma disputa interna.

(Com ANSA)

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