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Relatório revela tortura sistemática em prisões ilegais da China

O país mantém um sistema de 'prisões negras', cárceres ilegais, em Pequim e em outras regiões. À margem da lei, locais são antros de tortura e maus-tratos

Por Da Redação
21 out 2014, 12h04

Os quartos de hotel e fábricas utilizadas como prisões ilegais, onde milhares de pessoas – a maioria mulheres – são torturadas diariamente para evitar que suas queixas sobre o governo cheguem aos ouvidos da sociedade, se multiplicaram por toda a China, revelou nesta terça-feira a ONG Chinese Human Rights Defenders (defensores chineses dos direitos humanos, em tradução literal). Em um extenso relatório intitulado ‘Vamos te espancar até a morte com impunidade’, a ONG reúne milhares de casos de cidadãos que sofreram abusos nos últimos cinco anos em centenas de ‘prisões negras’ em Pequim e em onze províncias do país.

“‘Chamamos de prisões negras porque estão fora do conhecimento do público, escondidas ou disfarçadas como ‘hotéis’ ou ‘fábricas’, e porque são ilegais. Ou seja, estão escondidas do público e da lei. Portanto, seus responsáveis podem cometer torturas e maus-tratos com impunidade”, explica Wendy Lin, coordenadora da ONG em Hong Kong. A maioria dos cidadãos que são trancados em prisões negras são os chamados peticionários, pessoas que viajam para Pequim para protestar perante o governo central por uma resposta para problemas não resolvidos pelos políticos de suas regiões de origem. Eles compartilham ‘celas’ com prostitutas, dissidentes ou ativistas.

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O motivo foi que sua filha seria esterilizada à força por ordens do governo e Wang, da província oriental de Shandong, planejava viajar para Pequim para protestar. A prisão teve como objetivo impedir Wang de se manifestar e fazer com que sua filha saísse do esconderijo para ser capturada. A família chamou a polícia para que Wang fosse resgatada da prisão negra, mas os agentes não quiseram se envolver em um assunto em que o departamento de Planejamento Familiar já estava envolvido.

“As autoridades continuam negando a existência dessas prisões, enquanto oficiais locais não param de prender pessoas para ganhar pontos no trabalho por manter a estabilidade social”, revela o relatório. O número de prisões negras aumentou desde que os campos de reeducação, onde era possível trancar qualquer pessoa por até três anos sem julgamento, foram fechados no fim de 2013 após a revelação de graves casos de torturas.

(Com agência EFE)

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