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Regime sírio reprime protestos apesar da presença de observadores

Por Da Redação
30 dez 2011, 18h58

Cairo, 30 dez (EFE).- Centenas de milhares de sírios desafiaram nesta sexta-feira com ânimo renovado o regime de Bashar al Assad, que não hesitou em reprimir pela força os grandes protestos apesar da presença no país de uma missão de observadores árabes.

As forças de segurança dispersaram com tiros e gás lacrimogêneo os manifestantes que saíram às ruas em todo o país para exigir que o presidente sírio abandone o poder.

O opositor Emad Hosari, membro do Conselho Nacional Sírio (CNS) e porta-voz dos Comitês de Coordenação Local, comemorou, em declarações à Agência Efe, que ‘o povo sírio tenha respondido majoritariamente à convocação das manifestações porque a presença dos observadores traz certa tranquilidade’.

No entanto, Hosari insistiu que apesar de os protestos serem ‘totalmente pacíficos’ o regime de Damasco continua assassinando os civis.

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O dia de hoje terminou com um novo banho de sangue com a morte de 27 pessoas, a maioria nas províncias de Hama, Deraa e Idlib.

Em Hama morreram pelo menos nove manifestantes pelos disparos das forças de segurança e do Exército, enquanto em Deraa perderam a vida outras seis, segundo os dados dos Comitês de Coordenação Local.

A repressão das forças de segurança também atingiu a província setentrional de Idlib, onde aconteceram as maiores manifestações contra o regime e seis pessoas morreram.

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O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que mais de 250 mil pessoas tomaram as ruas de distintas localidades de Idlib, perto da fronteira com a Turquia e um dos principais redutos opositores.

Os arredores de Damasco também foram afetados pela ofensiva das forças da ordem, que mataram um manifestante em Daraya e outro em Madamieh, e feriram outros 20 em Duma.

A estas vítimas se somam outros quatro mortos, dois deles soldados desertores, em uma emboscada das forças leais a Assad na província central de Homs, onde foram encontrados mais cinco cadáveres, que por enquanto não puderam ser identificados.

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Enquanto a violência persiste na Síria, os observadores enviados pela Liga Árabe continuam com sua missão de comprovar no terreno o cumprimento da iniciativa que estipula a cessação da violência, a libertação dos detidos nos protestos e o recuo militar, entre outros pontos.

Hosari expressou à Efe suas dúvidas sobre o trabalho desta missão e ressaltou que a oposição síria tem ‘observações’ a esse respeito que transferiram ao secretário-geral da organização, Nabil al Arabi.

Segundo o membro do CNS, Arabi os tranquilizou ao garantir que a Liga Árabe está ‘consciente das manobras do regime’ e que a situação mudará em breve.

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Os observadores se encontram em Homs e Hama e, segundo Hosari, há relatórios que apontam que destacarão um grupo permanente em cada uma destas cidades, muito afetadas pela ofensiva do regime.

A missão árabe também se dirigiu a Duma, onde 150 mil manifestantes protagonizaram um protesto na frente dos observadores, segundo os comitês.

Desde que começaram os protestos em meados de março passado, mais de cinco mil pessoas morreram pela repressão do regime sírio, que acusa grupos terroristas armados de estarem por trás das revoltas populares.

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Para evitar que os observadores deem crédito a estas acusações, o denominado Exército Sírio Livre, que reúne soldados desertores, cessou seus ataques contra as forças regulares e só atua em defesa própria desde a chegada da missão, confirmou Hosari.

O opositor denunciou que o regime de Assad não cumpriu o protocolo da Liga Árabe e realiza ‘manobras para despistar’ a missão, como a mudança dos letreiros com os nomes das localidades.

Atualmente, 70 observadores árabes se encontram no país e está previsto que novos grupos viajem à Síria nos próximos dias, inclusive alguns do Conselho de Cooperação do Golfo e Iraque. EFE

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