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Quase 2.000 civis já morreram em cinco meses de bombardeios em Alepo

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, entre as vítimas estão mais de 500 crianças. Síria terá eleições presidenciais na próxima semana

Por Da Redação
30 Maio 2014, 09h19

Quase 2.000 civis, incluindo mais de 500 crianças, morreram em na campanha de bombardeios lançada no início do ano pelas tropas do regime sírio nas áreas insurgentes da cidade de Alepo, norte do país, anunciou nesta sexta-feira o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), entidade civil com sede em Londres. “Desde janeiro e até 29 de maio, 1.963 pessoas morreram em consequência dos barris de explosivos e das bombas lançadas pela Aeronáutica, incluindo 567 crianças e 283 mulheres”, afirma a ONG, uma rede de fontes civis, médicas e militares. Alepo, antiga capital econômica do país, devastada por mais de três anos de guerra civil, está dividida desde julho de 2012 entre bairros favoráveis e hostis ao regime do ditador Bashar Assad.

Os bairros rebeldes do leste de Alepo são alvos desde dezembro de uma ofensiva das forças do regime, com bombardeios diários que aumentaram desde janeiro. Os ataques são geralmente realizados por helicópteros que lançam barris carregados de explosivos. Os constantes bombardeios já destruíram diversos bairros da cidade e provocaram a fuga de milhares de pessoas.

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O uso de barris de explosivos foi condenado pela ONU, que denunciou o “efeito devastador”. O governo dos Estados Unidos considera a ação uma “barbárie”. Os militantes contrários ao governo acusaram, no entanto, a comunidade internacional de permanecer de braços cruzados diante do massacre. O regime de Assad avançou nos últimos meses na frente militar, apoiado pelo Hezbollah xiita libanês, e assumiu o controle da área antiga de Homs, no centro do país, que foi cercada e bombardeada por dois anos. (Continue lendo o texto)

Ataque extremista – Um grupo islamita matou quinze curdos, incluindo sete crianças, em um ataque contra um vilarejo no norte da Síria, segundo informou também o OSDH. O ataque do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que no começo do ano foi desligado das fileiras da Al Qaeda pelo comando central da organização terrorista, ocorreu durante uma ofensiva contra curdos sírios e vários outras facções rebeldes. As brigas sectárias entre as diferentes brigadas islamitas enfraqueceram a revolta contra Assad e resultaram na morte de milhares de pessoas.

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De acordo com a entidade OSDH, o ataque foi feito nesta quinta perto da cidade curda de Ras al-Ain depois que os militantes invadiram um vilarejo. Ras al-Ain, situada a 600 km de Damasco, na província de Hasaka, é produtora de petróleo e abriga boa parte da minoria curda que vive na Síria. Mais de 160.000 pessoas morreram desde o início do conflito na Síria em março de 2011, segundo os últimos dados divulgados pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos. A Síria atualmente prepara-se para realizar eleições presidenciais no dia 3 de junho, nas quais o ditador Bashar Assad tentará um terceiro mandato.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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