Putin ordena retorno de tropas que fizeram exercício militar
Serviço de segurança ucraniano, porém, nega que soldados na fronteira tenham iniciado retirada. Rússia diz que decisão não tem a ver com crise na Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou o retorno aos quartéis de 150.000 soldados que haviam sido deslocados na quarta-feira passada para exercícios militares no centro e oeste do país, perto da fronteira ucraniana, informou o Kremlin nesta terça-feira. O porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, declarou que o chefe de Estado emitiu a ordem depois de receber um relatório do comando militar sobre o sucesso das manobras. A Rússia negou que adecisão tenha a ver com a crise na Ucrânia.
Leia também:
UE vira obstáculo a plano americano para deter Rússia
Rússia diz que só sai da Crimeia após “normalização da situação política”
Ações recuam na Europa em meio a tensões na Ucrânia
Comandante da Marinha da Ucrânia passa para o lado russo
Operação militar russa é “declaração de guerra”, diz premiê da Ucrânia
Um fonte do Serviço de Segurança de Fronteiras ucraniano, porém, declarou à rede americana CNN que as tropas e veículos militares permaneceram estacionados perto de cinco cidades da Ucrânia: Chernihiv, Sumy, Kharkiv, Luhansk e Donetsk.
Putin assistiu nesta segunda à fase final dos exercícios militares no polígono de Kirilovski, na região de Leningrado, no noroeste do país. Estava previsto, durante os exercícios, o lançamento de forças aerotransportadas na retaguarda “inimiga”, o que foi cancelado pelas condições meteorológicas. “Correto, não se deve correr riscos’, disse Putin, citado pela agência ‘Interfax’, após ser informado pelo comando militar sobre o cancelamento do desembarque aéreo.
Saiba mais:
Por que UE e Rússia querem tanto a Ucrânia?
Ucrânia, um país com um histórico de tragédias
Na semana passada, o presidente russo ordenou que as unidades militares no oeste e no centro de país entrassem em estado de alerta, inclusive em áreas próximas da Ucrânia, para verificar sua disposição de combate. O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoygu, negou então que o surpreendente alerta emitido para essas unidades militares estivesse relacionado com a situação no país vizinho, especialmente ao envio de homens para a Crimeia, república autônoma que faz parte da Ucrânia de onde a Rússia já ressaltou que só sai após “normalização da situação política”.
Além dos 150.000 militares, 90 aviões, 120 helicópteros, 80 blindados, 1.200 peças de artilharia e 80 navios participaram das manobras, as maiores feitas na Rússia desde o fim da União Soviética em 1991.
(Com agência EFE)