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Presidente interino diz que integração europeia é ‘prioridade’

Em pronunciamento, Turchinov diz estar pronto para diálogo com Moscou

Por Da Redação
23 fev 2014, 22h43

O presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, disse neste domingo que o país vai buscar uma integração maior com a União Europeia. Braço-direito da ex-premiê Yulia Tymoshenko, libertada ontem da prisão, ele assumiu o posto depois da saída de Viktor Yanukovich, destituído pelo Parlamento depois de ter abandonado a presidência.

Yanukovich enfrentou três meses de protestos contra seu governo depois de rejeitar um acordo de aproximação com a União Europeia e preferir estreitar os laços e receber ajuda financeira da Rússia. O presidente interino disse que está “pronto para o diálogo” com Moscou.

Em pronunciamento transmitido pela TV, Turchinov disse que os novos líderes do país querem que as relações com a Rússia ocupem “um novo patamar, de igualdade e boa vizinhança, que reconheça e leve em consideração a escola europeia da Ucrânia”. “Outra prioridade”, disse, “é retornar ao caminho da integração europeia”.

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O fim do governo de Viktor Yanukovytch não diminuiu as preocupações de países ocidentais, que temem uma divisão da Ucrânia, um período perigoso de instabilidade política e uma reação imprevisível da Rússia. A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, anunciou uma viagem nesta segunda-feira a Kiev para discutir medidas a serem adotadas para encontrar uma solução política, no momento em que a Ucrânia está dividida entre o oeste pró-ocidental e o leste pró-russo. A Rússia, por sua vez, chamou seu embaixador na Ucrânia para consultas sobre a “deterioração da situação” na capital. (Continue lendo o texto)

​O chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, um dos ministros europeus que mediaram o acordo concluído entre Yanukovich e a oposição, pediu que “a filosofia daqueles que estarão no poder no futuro (em Kiev) não seja ditada, em primeiro lugar, pela vingança, mas pela garantia da unidade ucraniana”.

A preocupação dos europeus é compartilhada pelos americanos. A divisão da Ucrânia e a “volta da violência” não interessam aos Estados Unidos, à Rússia e a própria Ucrânia, afirmou neste domingo Susan Rice, assessora de segurança nacional do presidente Barack Obama. Consultada sobre o temor de uma intervenção militar russa na Ucrânia, Susan Rice simplesmente afirmou que “isto seria um grave erro”.

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Ameaça de calote – A União Europeia propôs a retomada do acordo de associação recusado por Yanukovich, que desencadeou a crise política. O Fundo Monetário Internacional indicou que está preparado para ajudar o país, assim como Washington, sem dar detalhes sobre valores ou condições.

No pronunciamento deste domingo, o presidente interino também afirmou que um dos desafios do próximo governo é estabilizar a economia, que ele disse correr risco de descumprir suas obrigações. A Ucrânia precisa de dezenas de bilhões de dólares este ano. O FMI estava prestes a conceder uma ajuda em troca de reformas drásticas que Viktor Yanukovich recusava, enquanto Moscou propunha uma ajuda de pelo menos 15 bilhões de dólares.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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