O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, afirmou nesta quinta-feira que os quenianos são “ladrões experientes” e perpetuam outros crimes. Durante visita a Israel, Kenyatta disse que, embora o Quênia seja “vinte vezes mais maravilhoso” que Israel, “nós só sabemos reclamar”.
Kenyatta fez raro reconhecimento da corrupção endêmica que assola seu país enquanto discursava para quenianos que vivem em Israel. “Meus anfitriões perguntaram por que não conseguimos fazer as coisas em casa. É por causa de políticos ruins, não vou mentir pra vocês”, disse o presidente.
Em dezembro de 2014, o Tribunal Penal Internacional (TPI) arquivou as acusações contra Kenyatta de crimes contra a humanidade. Ele havia sido acusado de ter alimentado uma onda de violência étnica no país em 2007, quando 1.300 pessoas morreram e 600.000 ficaram desalojadas. Ao retirar as acusações, o promotor do TPI, Fatou Bensouda, disse que não foram encontradas provas suficientes para demonstrar, “além de qualquer dúvida razoável, a suposta responsabilidade criminal de Kenyatta”.
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(Da redação)