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Presidente da Nigéria deve vencer as eleições no 1º turno

Observadores consideram a votação a mais justa das últimas décadas no país

Por Da Redação
18 abr 2011, 08h31

O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, obteve uma incontestável vantagem neste domingo nas eleições do país enquanto os votos são contados em toda a nação, apesar de o seu rival, Muhammadu Buhari, ter recebido uma expressiva votação em redutos muçulmanos. Observadores classificaram a eleição como a mais justa das últimas décadas na Nigéria, onde as votações fraudadas eram regra. Contudo, ainda há suspeitas de delitos em alguns distritos, o que pode exaltar os ânimos após a apuração.

Buhari, um ex-governante militar do norte árido do país, esperava pelo menos forçar o segundo turno contra Jonathan, o primeiro chefe de estado vindo dos pântanos e riachos do delta do rio Níger, local rico na produção de petróleo. Mas isso parece impossível, pois uma contagem feita dos resultados de 30 dos 36 estados da nação mais populosa da África mostrou Jonathan com 20,3 milhões de votos, contra 10,4 milhões de Buhari. Não há votos suficientes nos estados remanescentes para Buhari tirar a diferença.

Autoridades da candidatura de Jonathan afirmaram que não haveria reivindicação de vitória até que os resultados fossem anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional Independente. Mas estão otimistas. “Não é hora de triunfalismo. É hora de uma profunda reflexão, para fortalecer o laço de nossa união e para que todos nós trabalhemos juntos”, afirmou Oronto Douglas, assessor de Jonathan. O presidente foi bem na contagem dos votos do sul, predominantemente cristão, enquanto Buhari conseguiu a preferência de Estados do norte da nação de 150 milhões de habitantes.

Possibilidades – Para evitar o segundo turno, o vencedor precisa ter maioria simples e pelo menos um quarto dos votos em 24 dos 36 estados. Jonathan já possui essa margem. Uma vitória tranquila pode amenizar preocupações sobre potenciais interrupções na exportação de petróleo do maior produtor da África e erguer os mercados financeiros locais, que esperam pelo fim de uma série de eleições.

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A votação deixou claro, porém, o desafio da polarização étnica e religiosa que o vencedor enfrentará, além da necessidade de reformas na terceira maior economia da África, que é contida por uma infraestrutura ruim, a má administração e a corrupção. “Apesar de uma maré de alívio a curto prazo ser facilmente plausível nos mercados financeiros, o ímpeto político por trás de uma reforma real e a medida em que esses desafios serão cumpridos daqui em diante serão determinantes para resultados a longo prazo”, afirmou Razia Khan, economista da Standard Chartered’s Africa.

Chefe de uma equipe de observadores da União Africana, o ex-presidente de Gana John Kufour afirmou que a Nigéria parece ter encerrado sua reputação de eleições fraudadas e pode se tornar um exemplo para a África em um ano onde haverá pelo menos mais uma dúzia de pleitos nacionais no continente. “Espero que os acontecimentos aqui tenham um impacto muito positivo no continente”, afirmou.

(Com agência Reuters)

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