Partido político das Farc vai manter sigla da guerrilha

Legenda se chamará Força Alternativa Revolucionária do Comum e terá como logo uma rosa vermelha, com uma estrela e as letras em verde

Por Da redação
31 ago 2017, 22h01

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) confirmaram nesta quinta-feira que manterão sua sigla na transição de guerrilha para partido político, uma consequência do acordo de paz entre o grupo e o governo colombiano. O “novo nome” das Farc será Força Alternativa Revolucionária do Comum.

A nova denominação da antiga guerrilha foi escolhida durante o congresso realizado desde o domingo em Bogotá. “Por decisão majoritária no nosso congresso, é definido como nome do #NuevoPartido: Força Alternativa Revolucionária do Comum (Farc)”, escreveu no Twitter o comandante da agora ex-guerrilha, Rodrigo Londoño, o “Timochenko”.

Por decisión mayoritaria en nuestro congreso, se definido como nombre del #NuevoPartido: Fuerza Alternativa Revolucionaria del Común. (FARC)

— Rodrigo Londoño (@TimoFARC) August 31, 2017

Mil e duzentos delegados, a maioria procedente de distantes zonas rurais da Colômbia, definem no encontro as diretrizes do movimento político e seus candidatos para as eleições gerais de 2018. Timochenko assegurou que a decisão de manter a sigla Farc, com um novo significado, foi apoiada por 628 dos 892 delegados que participam no evento.

Os ex-combatentes, que vão lançar seu partido na sexta-feira na Praça de Bolívar, no centro político de Bogotá, também apresentaram seu novo logo. Diferentemente da bandeira colombiana com dois fuzis cruzados e um livro, que usaram por anos, sua nova imagem é uma rosa vermelha, com uma estrela no meio e as letras Farc em verde.

O novo partido também deve votar nesta quinta os nomes que formarão sua direção, seu estatuto, os dez candidatos à Câmara dos Representantes e o postulante ao Senado colombiano. A expectativa é que os ex-membros da equipe que participou dos diálogos de paz com o governo de Juan Manuel Santos concorram aos cargos. O negociador-chefe, Iván Márquez, é cotado para o Senado.

(Com AFP)