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Papa Francisco impõe ‘condições claras’ para ajudar Venezuela

Em dezembro, a Igreja tentou intervir na crise política do país, mas não foi bem sucedida; agora, apesar de preocupado, Papa exige contrapartidas claras

Por Da Redação
29 abr 2017, 20h10

Preocupado com a grave crise social na Venezuela, o papa Francisco assegurou que a Santa Sé está disposta a intervir, mas apenas com “condições claras”. A declaração foi feita pelo pontífice a bordo do avião papal que o leva do Egito para Roma.

O papa foi questionado sobre como a Santa Sé e ele, pessoalmente, poderiam ajudar a frear a onda de violência no país sul-americano, que até agora já deixou cerca de 30 mortos. “Tem que ser com condições, condições muito claras”, se limitou a advertir Francisco, sem especificar quais seriam essas condições.

Na tentativa anterior de apoio do Vaticano ao país presidido por Nicolás Maduro, o cardeal Pietro Parolin, número dois da Igreja Católica, havia citado uma série de contrapartidas, entre elas: a fixação de um calendário eleitoral, a libertação dos opositores presos, a autorização de assistência de saúde internacional e a restituição das funções do Parlamento. Parolin já foi núncio apostólico do país, uma espécie de embaixador do papa em um determinado estado.

Em dezembro, quatro ex-presidentes de partidos hispânicos, José Luiz Zapatero (Espanha), Leonel Fernández (República Dominicana), Martin Torrijos (Panamá) e Ernesto Samper (Colômbia), pediram ao papa que intervisse em favor de um acordo político na Venezuela. A ação da Igreja, no entanto, não foi bem-sucedida.

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“Houve intervenção da Santa Sé sob um pedido forte de quatro presidentes que trabalhavam como patrocinadores. E não deu em nada. Ficou do jeito que estava. Não deu em nada porque as propostas não eram aceitas ou se diluíam. Eram um sim sim, mas não não”, afirmou o papa.

“Todos sabemos sobre a difícil situação da Venezuela, um país que gosto muito”, reconheceu o papa. A diplomacia do Vaticano não se reconhece como mediadora do conflito entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, mas como um “patrocinador” do diálogo, segundo explicaram fontes locais.

Oposição

Durante a coletiva com mais de 70 jornalistas que o acompanhavam no avião, o papa argentino admitiu que alguns dos problemas para sua ação pacificadora são as divisões dentro da oposição venezuelana. “Parte da oposição não quer isso”, disse.

Na avaliação de Francisco, “há algo em movimento”, mas que ainda não está claro do que se trata. Por enquanto, avalia com desconfiança a situação no país: “É curioso, a oposição está dividida e os conflitos aumentam cada vez mais”.

O papa reiterou que “tudo o que se pode fazer pela Venezuela deve ser feito, mas com as garantias necessárias”, resumiu. Essa não foi a primeira vez que o pontífice manifesta publicamente sua preocupação com a crise vivida pela Venezuela.

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(Com AFP)

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