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‘Panama Papers’: Banqueiro britânico criou empresa que ajudava a Coreia do Norte a vender armas

Nigel Cowie controlava a offshore DCB Finance Limited, registrada nas Ilhas Virgens Britânicas

Por Da Redação
4 abr 2016, 18h44

Os documentos liberados nesse domingo pelo Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo (ICIJ), no caso apelidado de Panama Papers, revelaram que um banqueiro britânico que viveu na Coreia do Norte por duas décadas criou uma offshore que era utilizada secretamente pelo regime de Pyongyang para ajudar a vender armas e expandir seu programa de armas nucleares.

Nigel Cowie, que comandava a empresa de fachada DCB Finance Limited, registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, afirma que a empresa era usada para negócios legítimos e que não tinha nenhum conhecimento de quaisquer transações ilegais.

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Cowie se mudou para a Coreia do Norte em 1995, quando o ditador Kim Jong-il estava no poder, e se tornou chefe do primeiro banco estrangeiro do país, o Daedong Credit Bank. A DCB Finance, criada em 2006 por Cowie e o funcionário norte-coreano Kim Chol-sam como um braço do Daedong, foi incorporado ao escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca. Inicialmente, a offshore era operada de um hotel em Pyongyang por uma pequena equipe de três pessoas.

Em 2013, os Estados Unidos impuseram sanções ao Daedong e à empresa de Cowie, alegando que o banco prestava “serviços financeiros” aos principais traficantes de armas norte-coreanos e ajudava a financiar o programa de armas nucleares do regime. O Departamento do Tesouro dos EUA afirmou na época que desde “pelo menos 2006, o Daedong Credit Bank usava a sua empresa de fachada, a DCB Finance Limited, para realizar transações financeiras internacionais e burlar as instituições financeiras, ocultando seus negócios com a Coreia do Norte”.

O escândalo Panama Papers revelou que a Mossack Fonseca não se deu conta de que as empresas de Cowie estavam ligadas ao país comunista – embora as offshores estivessem registradas com um endereço em Pyongyang – até 2010, quando o escritório de advocacia percebeu que lidava com entidades norte-coreanas e renunciou ao cargo de agente das empresas. A descoberta ocorreu quando a Agência de Investigação Financeira das Ilhas Virgens Britânicas pediu detalhes da DCB Finance à Mossack Fonseca. No ano seguinte, Cowie vendeu suas ações do banco a um consórcio chinês.

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(Da redação)

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