Pais de americanos mortos em Benghazi processam Hillary
Patricia Smith e Charles Woods acusaram a candidata democrata de ter influenciado diretamente no ataque terrorista que matou seus filhos, em 2012
Os pais de dois americanos mortos no ataque terrorista à missão diplomática dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, em 2012, entraram com uma ação judicial contra a candidata democrata Hillary Clinton nessa segunda-feira. O processo aponta que ela foi “extremamente descuidada em lidar com informações confidenciais” enquanto secretária de Estado, o que teria contribuído para as condições que levaram ao atentado.
Na acusação de homicídio culposo, Patricia Smith e Charles Woods alegam que o ataque em Benghazi foi “diretamente ou, no mínimo, aproximadamente causado” por atitudes de Clinton. Conduzido por militantes islâmicos, o atentado matou o embaixador Christopher Stevens, além de outros três americanos, entre eles os filhos do casal, Sean Smith e Tyrone Woods.
Toda a administração do presidente Barack Obama foi questionada por republicanos após o caso de Benghazi. Logo após o ataque, a Casa Branca erroneamente disse que não havia se tratado de um atentado terrorista coordenado. Além disso, surgiu a informação de que o embaixador morto já havia pedido um reforço na segurança do local, que foi negado pelo Departamento de Estado, coordenado por Clinton.
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No mês passado, Patricia chegou a discursar na Convenção Nacional Republicana e afirmou que “culpa Hillary Clinton pessoalmente” pela morte do filho. Um porta-voz da candidata democrata, Nick Merill, afirmou em comunicado que “houve nove investigações diferentes sobre o ataque e nenhuma apresenta qualquer evidência de erros” por parte da ex-secretária de Estado.
Em outubro de 2015, Clinton respondeu a oito horas de um interrogatório do comitê da Câmara dos Representantes, que avaliou sua participação durante o ataque em Benghazi e suas consequências. Um relatório divulgado pelo comitê em julho criticou atitudes da administração de Obama, mas deixou claro que Clinton não tem responsabilidade no atentado.