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Oposição síria se reúne em Istambul para ‘unificar’ visão

Por Saygin Serdaroglu
15 jun 2012, 17h08

Representantes de vários grupos da oposição síria iniciaram nesta sexta-feira em Istambul uma reunião de dois dias destinada a unificar suas visões sobre o futuro da Síria, que já entrou em guerra civil, segundo um funcionário da ONU.

“Vamos trabalhar para unificar a nossa visão”, declarou à AFP Burhan Ghalioun, o ex-presidente da principal coalizão de oposição síria, o Conselho Nacional Sírio (CNS), pouco antes do início dos trabalhos.

Além do CNS, o Conselho Nacional Curdo, que até agora rejeitou os apelos de alinhamento de Ghalioun, o grupo formado em torno do intelectual Michel Kilo e o do chefe tribal Nawaf al-Bashir participam da reunião, de acordo com fontes sírias concordantes.

O único ausente, o Comitê Nacional de Coordenação para a Mudança Nacional e Democrática (CCNCD), que reúne partidos nacionalistas árabes, curdos e socialistas, argumentou problemas técnicos que impediram o envio de emissários para Istambul, disse uma fonte à conferência.

A reunião começou com um apelo à unidade feito pelos representantes de uma dúzia de países árabes e europeus convidados para a conferência.

“Esta manhã, representantes da comunidade internacional expressaram a importância de ter uma oposição unida”, indicou uma fonte diplomática na conferência.

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França e Estados Unidos estão representados na conferência por seus embaixadores em Damasco, chamados de volta para suas capitais em forma de protesto contra a violência perpetrada pelo regime sírio.

Alemanha, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Itália, Qatar, Reino Unido e Turquia também enviaram diplomatas para a reunião, que também conta com a participação de um membro da equipe do emissário da ONU e da Liga Árabe na Síria, Kofi Annan.

O Ministério turco das Relações Exteriores anunciou no início de junho a criação de um “grupo de coordenação”, formado pelos países amigos da oposição síria para ajudar a sua organização.

O objetivo da reunião de Istambul é buscar maneiras de acabar com a fragmentação da oposição antes da importante conferência de opositores sírios, que deve ser realizada no Cairo sob os auspícios da Liga Árabe, em uma data ainda não definida, e da conferência, em 6 de julho, em Paris da reunião dos “Amigos do Povo Sírio”, segundo fontes da oposição.

“Estamos aqui para definir uma posição comum. Há poucos pontos discordantes entre nós”, comentou à AFP nesta sexta-feira Bassma Qodmani, chefe das relações externas do CNS.

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Ao final da tarde, vários participantes da reunião expressaram satisfação.

“Sentimos que há uma dinâmica em funcionamento. Existem, como sempre, pessoas que precisam se opor a tudo, mas fora isso as coisas estão acontecendo”, disse um opositor, que não quis se identificar.

As discussões devem continuar até a noite. Elas serão retomadas no sábado com debates divididos em plenárias sobre questões como a reestruturação da oposição e a preparação da cúpula do Cairo.

No final de março, a maioria dos opositores reconheceu o CNS como “representante oficial” do povo sírio e, em abril, os “Amigos do povo sírio” caracterizaram o grupo de “legítimo representante de todos os sírios”.

Mas a organização tem sido criticada por sua ineficiência e falta de coordenação com os ativistas no terreno. Eleito no último domingo à frente do CNS, o curdo Abdel Basset Sayda assegura que uma de suas prioridades será a unidade da oposição.

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