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Oposição síria apresenta plano de criação de Estado democrático

O roteiro prevê eleições parlamentares, presidenciais e municipais em 18 meses e não inclui a participação do presidente Bashar Assad

Por Da redação
Atualizado em 12 set 2016, 07h26 - Publicado em 7 set 2016, 14h56

A principal oposição ao governo da Síria apresentou nesta quarta-feira um plano de transição do país para um Estado democrático, sem o presidente Bashar Assad. O roteiro, elaborado por uma aliança de grupos de oposição moderados, pede que o país se comprometa ao pluralismo político e religioso. O anúncio foi feito durante um encontro do Comitê de Altas Negociações sírio com o secretário das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, além de outros líderes internacionais, em Londres.

O plano prevê um período de seis meses de negociação, além da criação de uma entidade governamental responsável por supervisionar a transição e o Estado. Em 18 meses, seriam convocadas eleições parlamentares, presidenciais e municipais. Assad, que governa a Síria desde 2000, poderia permanecer na Presidência durante os seis meses de negociações, mas, depois, precisaria entregar o poder ao governo de unidade nacional que organizaria as eleições.

De acordo com o texto da proposta, todas as seitas e etnias seriam respeitadas, assim como os direitos individuais das mulheres, que receberiam uma cota de 30% para cargos públicos. Além do apoio de Boris Johnson, o roteiro foi defendido no encontro por representantes dos Estados Unidos, da União Europeia, dos países do Golfo e da Turquia. No entanto, é possível que o plano não seja adotado e receba críticas de Assad e da Rússia, país aliado ao regime, que também ficou de fora do texto.

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A proposta do Comitê de Altas Negociações ocorre em meio a vacilantes esforços feitos por Estados Unidos e Rússia sobre um acordo para parar os combates na Síria, agora em seu sexto ano. O conflito já custou a vida de cerca de 400 mil sírios e forçou outros 11 milhões a fugirem de suas casas.

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O presidente americano, Barack Obama, e o líder russo, Vladimir Putin, falharam durante as conversações da última segunda-feira, na China, na tentativa de chegar a um acordo de cessar-fogo para a entrega de ajuda humanitária. Obama disse a repórteres que Moscou e Washington “ainda não fecharam as lacunas de uma forma que realmente funcionaria”. Nesta quarta-feira, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, culpou Moscou pelo atraso na obtenção de um acordo. “A escolha é da Rússia, e as consequências serão de sua responsabilidade”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo e ANSA)

 

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