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Megaoperação desmonta rede de narcotráfico que armava terroristas

Entre as substâncias capturadas está o Captagon, droga sintética inibidora do medo que é distribuída aos terroristas

Por Da redação
11 out 2016, 17h41

Uma operação internacional contra uma rede que financiava jihadistas em países do Mediterrâneo resultou na prisão de 100 pessoas e na apreensão de 11.400 armas, dez toneladas de explosivos, um milhão de cartuchos e 100 toneladas de haxixe. Entre as substâncias capturadas está o Captagon, droga sintética inibidora do medo que é distribuída aos terroristas.

A megaoperação teve participação de oficiais de Espanha, Itália, França e Grécia, coordenados pela Europol e com a colaboração da DEA americana.

De acordo com as investigações, que começaram em 2013, a organização criminosa administrava navios carregados de droga que saíam da Turquia com destino à Líbia e Egito. Com a droga, a organização financiava a compra de armas destinadas a grupos jihadistas assentados em países da bacia mediterrânea, entre eles a Líbia.

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Segundo informou nesta terça-feira a Guarda Civil espanhola, desde o início da operação foram interceptados sete navios, cinco deles carregados com drogas e dois com armas, todos procedentes da Turquia, onde a rede contava com logística.

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Os navios eram adquiridos em leilões quando já estavam praticamente para o desmantelamento e, portanto, a preços muito baixos. Um deles, que continha uma bandeira boliviana quando foi interceptado, contava com uma carga de 5.000 armas longas e 500.000 cartuchos – a embarcação esteve abandonada durante anos no porto espanhol de Málaga e foi adquirida em 2014 por um empresário sírio-libanês.

Os investigadores constataram que após a saída dos navios da Turquia, a droga, procedente principalmente do Marrocos, era carregada em alto-mar para depois se dirigir rumo a águas do Mediterrâneo com destino à Líbia e Egito fundamentalmente. A rede também utilizava a via terrestre para o transporte de haxixe desde o Marrocos e através do Sahel, atravessando Mauritânia, Mali e Nigéria para chegar à Líbia, desde onde era distribuída sobretudo ao Egito.

A colaboração da Guarda Civil espanhola com a Gendarmaria marroquina fez possível realizar diversas intervenções de caminhões no país norte-africano e, inclusive, permitiu deter na Espanha um dos principais membros da rede. No total, foram expropriados desde o início da operação 100 toneladas de haxixe.

Detenções

Até agora foram detidas 109 pessoas em toda a operação, todos homens, de entre 30 e 40 anos – 34 são sírios, 26 marroquinos e 14 espanhóis. Além disso, há turcos, indianos e egípcios, entre outras nacionalidades.

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Segundo o tenente-coronel Javier Rogero, porta-voz da Guarda Civil espanhola, a maioria faz parte das tripulações, envolvidos para obter um benefício econômico e não por ser adeptos à causa jihadista ou insurgente.

Tudo comprova que o trânsito ilícito de droga está servindo para financiar os insurgentes no norte da África e no Oriente Médio, assim como ao terrorismo jihadista, recalcou o tenente-coronel Rogero.

Como exemplo, Rogero citou a recente atuação das forças de segurança egípcias que, em colaboração com a Grécia, interceptaram uma embarcação com 750 quilos de haxixe (outra quantidade pode ter sido jogada no mar) e 1,2 milhões de pastilhas de Captagon, a droga tomada pelos jihadistas antes de atuar em Paris.

(Com EFE)

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