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Haiti: depois do furacão, país sofre com a cólera

"As pessoas começaram a morrer", lamentou um funcionário do Ministério da Saúde haitiano. "Há enfermeiras, mas não há médicos"

Por Da redação
Atualizado em 11 out 2016, 08h07 - Publicado em 11 out 2016, 08h00

A cólera já matou “dezenas de pessoas” no sudoeste do Haiti após a passagem do furacão Matthew, afirmaram autoridades nesta segunda-feira, e equipes do governo estão percorrendo a região para reparar centros de tratamento e alcançar o epicentro do surto. As próprias autoridades não sabem o número exato de mortos pela doença, pois muitos das pessoas afetadas vivem em áreas extremamente carentes que foram castigadas pelo furacão.

Um dos problemas no país são as inundações, que têm dificultado os esforços para alcançar as áreas mais afetadas pelo furacão. O coordenador humanitário da ONU no Haiti, Mourad Wahba, também fez um pedido de emergência a outros países, no valor de quase 120 milhões de dólares (quase 500 milhões de reais). Em alguns locais, alimentos, água e medicamentos são escassos, não há eletricidade e comunidades estão isoladas.

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A tempestade matou mais de 900 pessoas no Haiti, muitas em cidades remotas. Seis pessoas morreram de cólera em um hospital na cidade de Randel e outras sete morreram em Anse-d’Ainault, disseram autoridades, acrescentando que é provável que águas de inundação se misturaram com esgoto. De acordo com as agências de notícias, o país começou a enterrar mortos em valas comuns no fim de semana, à medida que a cólera se espalhou por áreas devastadas.

Cólera causa diarreia severa e pode matar em horas se não for tratada. A doença se espalha por água contaminada e tem curto período de incubação, o que leva a surtos rápidos e devastadores em regiões carentes, com muitas pessoas sem acesso à água tratada.

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“Não há médicos” — “Randel está isolada, é preciso cruzar água, subir nas montanhas, os carros não podem passar, motos também não”, disse Eli Pierre Celestin, um membro da equipe que combate cólera apoiada pelo Ministério da Saúde. “As pessoas começaram a morrer”, lamentou. “Há enfermeiras, mas não há médicos”, disse Celestin. Ele afirmou ainda que há surtos em Port-a-Piment e Les Anglais, cidades no final da península de Tiburon, que foi a mais atingida pelo Matthew nesta semana.

(Com agências Reuters e EFE)

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