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ONGs denunciam abusos de militares a mulheres em distúrbios no Cairo

Por Da Redação
10 Maio 2012, 13h13

Cairo, 10 mai (EFE).- Organizações de direitos humanos egípcias denunciaram nesta quinta-feira os abusos cometidos por soldados militares contra um grupo de mulheres detidas nos distúrbios da semana passada no Cairo, embora as acusações tenham sido rebatidas pela justiça militar.

O responsável do Centro Egípcio para os Direitos das Mulheres, Iriny Zarif, condenou a detenção arbitrária de 18 jovens egípcias e uma menor de idade, que depois foram liberadas. Em declarações à Agência Efe, Zarif apontou que as pessoas receberam um tratamento ‘humilhante’ durante a passagem pela prisão de mulheres de Al Qanater, nos arredores da capital.

A ativista explicou que as mulheres compartilharam cela com presos perigosos, foram machucadas e uma delas disse ter sido violada. O grupo de direitos humanos ainda informou sobre as dificuldades de seus advogados em se comunicar com as presas para tentar defendê-las judicialmente.

No último sábado, a Promotoria Militar libertou as mulheres detidas, mas ordenou que outros 300 detidos permanecessem sob custódia durante mais duas semanas.

Diante de uma comissão parlamentar, algumas mulheres disseram na última terça-feira que os militares as tinham insultado, agredido e ameaçado violá-las. Uma das vítimas, Aya Kamal, relatou que os oficiais bateram nela e tentaram tirar o véu islâmico no caminho a uma mesquita perto do Ministério da Defesa, na sexta-feira passada.

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O presidente da Justiça Militar egípcia, o general Adel Al Mursi, negou o assédio de militares a mulheres nos últimas protestos e pediu que as denúncias sejam apresentadas para serem investigadas, informou hoje a agência oficial de notícias ‘Mena’.

As forças armadas egípcias são alvo dos grupos de direitos humanos pela conduta abusiva com às mulheres que se manifestaram nos últimos meses contra a Junta Militar, no poder desde a renúncia do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.

Outro episódio violento, chamado de ‘provas de virgindade’, foi praticado com algumas egípcias como no caso de Samira Ibrahim, que denunciou um médico militar por examiná-la contra sua vontade. O tribunal militar absolveu o acusado em março.

As ONGs condenaram esta prática, assim como outras, por tentar intimidar as ativistas e mantê-las longe das manifestações, que continuam no Egito a poucas semanas do inicio das eleições presidenciais, previstas para 23 e 24 de maio. EFE

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