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Onda de revolta contra EUA ganha força e chega ao Irã

Novos protestos também foram registrados no Egito e no Iraque. No Iêmen, confronto entre manifestantes e policiais deixou pelo menos um morto

Por Da Redação
13 set 2012, 10h03

Dois dias após o embaixador dos Estados Unidos ser morto na Líbia como resultado de uma revolta causada contra um filme anti-islamita americano, a onda de revolta atinge cada vez mais países islâmicos. Na sede diplomática americana em Sanaa, capital do Iêmen, confronto entre policiais e manifestantes deixou pelo menos um morto e diversos feridos. Além do Egito, onde os protestos continuam, há registro de distúrbios no Irã e no Iraque. Postos diplomáticos em outros países estão em alerta.

No Cairo, os protestos foram promovidos pelo segundo dia seguido. Uma manifestação diante da embaixada dos Estados Unidos resultou em confronto entre policiais e manifestantes. A população respondeu às tentativas das forças de segurança de dispersar o grupo atirando pedras, garrafas e coquetéis molotov contra os oficiais. Dados das autoridades locais apontam que pelo menos 13 pessoas ficaram feridas.

O presidente do Egito, Mohammed Mursi, disse nesta quinta-feira que condena qualquer difamação ao profeta Maomé, mas assegurou que fará o necessário para garantir a segurança das embaixadas e dos turistas estrangeiros em seu país, afirmando também que o povo egípcio é “civilizado e rejeita tais atos ilícitos”.

Leia também: Irmandade Muçulmana pede protestos por ‘ofensa ao Islã’

Mursi disse que, em conversa por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu o fim deste tipo de comportamento ofensivo ao Isão. Segundo ele, o mandatário americano assegurou que as ações são obra de uma “minoria” que não representa a nação.

Iêmen – Em Sanaa, centenas de manifestantes revoltados com a representação de Maomé como um aproveitador mulherengo que abusava de crianças e incitava matanças no filme Innocence of Muslims (A Inocência dos Muçulmanos) conseguiram entrar na embaixada americana, mas foram dispersados pela polícia, que fez disparos para o alto e lançou jatos d’água para afastar o grupo. Fontes apontam que os invasores gritavam palavras em defesa de Maomé e tinham como objetivo atear fogo em alguns automóveis estacionados no local. Uma testemunha citada pelo The New York Times disse que a bandeira americana foi queimada, sendo substituída pela iemenita. O número de pessoas feridas não foi revelado.

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O porta-voz da representação diplomática do Iêmen em Washington, Mohammed Albasha, disse que seu governo condena o ataque e que irá “honrar as obrigações internacionais para assegurar a segurança dos diplomatas”.

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Irã – Em Teerã, quase 500 pessoas participaram de um protesto perto da embaixada da Suíça – que representa os interesses dos Estados Unidos no Irã – contra o filme. Mais de 200 policiais e bombeiros conseguiram impedir a aproximação dos manifestantes da sede diplomática. Os funcionários diplomáticos foram retirados do local por precaução. Os manifestantes gritavam frases como “Morte aos Estados Unidos” e “Morte a Israel”.

Iraque – No Iraque, centenas de simpatizantes do radical xiita Moqtada al-Sadr, que comanda uma milícia que combate a presença americana no país, protestaram na cidade de Najaf, a cerca de 150 quilômetros da capital Bagdá. Assim como em Teerã, eles gritavam frase de ódio contra o filme, os Estados Unidos e Israel. Najaf, uma das principais localidades sagradas dos xiitas, abriga o mausoléu de Ali, figura central desta corrente religiosa.

Em razão dos protestos, Obama já havia declarado, na quarta-feira, que os Estados Unidos irão elevar imediatamente a segurança de seus diplomatas em todo o mundo. “Eu ordenei à minha administração que forneça todos os recursos necessários para apoiar a segurança de nossos funcionários na Líbia, e para aumentar a segurança de nossos postos diplomáticos em todo o planeta.” Outros postos diplomáticos ao redor do mundo declararam alerta recentemente, como Armênia, Burundi, Kuwait, Filipinas, Sudão, Tunísia e Zâmbia.

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YouTube – O governo da Indonésia, país de maior população muçulmana do planeta, solicitou nesta quinta-feira ao site YouTube o bloqueio do filme que provocou manifestações de violência contra americanos no mundo muçulmano. “Este filme é, sem dúvida alguma, um insulto para uma religião e provocou indignação entre os muçulmanos da Indonésia”, disse o porta-voz do ministério da Informação e Comunicações, Gatot Dewa Broto. O governo do Paquistão bloqueou o acesso ao site ontem para evitar uma onda de protestos no país onde uma grande porcentagem da população segue a religião de uma forma extremista.

Leia também:

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segundo as primeiras informações

(Com Agência France-Presse e EFE)

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