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Obama adverte que será “difícil” defender Israel na ONU

'A comunidade internacional já não acredita que o governo de Israel seja sério sobre a solução de dois Estados', disse o presidente americano

Por Da Redação
3 jun 2015, 09h04

O presidente americano, Barack Obama, advertiu que as declarações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu contra um Estado palestino dificultarão o trabalho dos Estados Unidos em continuar defendendo Israel perante iniciativas europeias na Organização das Nações Unidas (ONU). “Até agora, rejeitamos todos os esforços europeus e de outros porque dizemos que o único modo de resolver isto é com as duas partes trabalhando juntas. E aqui está o desafio. De fato, não há perspectivas de um processo de paz. Se ninguém acredita que há um processo de paz, então é mais difícil discutir com quem está preocupado com as construções nos assentamentos e com a situação atual”, disse Obama em entrevista na noite de terça a um canal israelense.

Os tradicionais aliados Israel e EUA passam pelo período mais tenso de suas relações desde a instituição do Estado judaico, em 1948. Washington e Tel Aviv discordam em vários pontos, entre eles sobre a construção de novos assentamentos judaicos na Cisjordânia e sobre a negociação de um acordo para frear o programa nuclear iraniano.

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Nos últimos anos, o poder de veto os Estados Unidos impediu levar adiante no Conselho de Segurança da ONU diversas resoluções de condenação da ocupação e que exigiam o fim do conflito entre israelenses e palestinos. Durante a campanha eleitoral, Netanyahu garantiu que, enquanto ele estivesse à frente do governo não haveria um Estado palestino, apesar de posteriormente ter se retratado e mostrado disposição de iniciar um novo processo de diálogo com os palestinos.

“A postura de Netanyahu tem tantas advertências, tantas condições que não é realista pensar que essas condições serão cumpridas em um futuro próximo”, reprovou Obama, que acrescentou que todo o país “perde credibilidade” ao negociar um processo de paz com declarações como essa. “A comunidade internacional já não acredita que Israel seja sério sobre a solução de dois Estados. A declaração do primeiro-ministro agravou essa situação”, afirmou.

Obama também mostrou preocupação com as “políticas israelenses motivadas só pelo medo” que podem levar a “perder os valores centrais que eram a essência desta nação” quando ele era jovem e “admirava Israel”. O presidente americano afirmou ainda que compreende os medos de Israel perante a deterioração da situação no Oriente Médio, mas destacou que deve estar preocupado com o equilíbrio demográfico na região e na pressão que pode crescer em Cisjordânia e Gaza se não houver uma solução ao menos sendo negociada.

(Da redação)

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