Nigéria: resgatada segunda estudante sequestrada pelo Boko Haram
Exército confirmou o resgate, mas não informou o nome ou outros detalhes sobre a libertação da jovem
Uma segunda menina do grupo de estudantes de Chibok sequestradas pelo Boko Haram há mais de dois anos foi resgatada nesta quinta-feira, anunciou o Exército da Nigéria. Em nota, um porta-voz do Exército nigeriano, coronel Sani Usman, “confirmou o resgate de outra das meninas de Chibok esta noite”, mas não informou o nome ou outros detalhes sobre a libertação da jovem.
A primeira das 219 garotas sequestradas foi encontrada na última terça-feira . A adolescente Amina Ali Darsha Nkeki, de 19 anos, estava em um reduto do grupo islamita na floresta de Sambisa, no norte do país, e fugiu durante um ataque ao campo. Quando foi encontrada, ela tinha um bebê de 4 meses com ela e estava acompanhada de um homem que afirmou ser seu marido.
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Nkeki foi levada para Maiduguri, capital do estado de Borno, onde ela e seu bebê passaram por exames médicos. Nessa quinta-feira, a jovem se encontrou com o presidente nigeriano Muhammadu Buhari, na capital Abuja.
Buhari prometeu a Nkeki “o melhor cuidado” que o seu governo poderia pagar. “Vamos garantir que ela receba o melhor tratamento médico, psicológico, emocional e qualquer outro cuidado que necessite para uma recuperação completa a para ser reintegrada plenamente na sociedade”, disse. O presidente nigeriano também se comprometeu a continuar a busca pelas outras meninas sequestradas pelo Boko Haram.
Em 14 de abril de 2014, extremistas islâmicos do grupo jihadista bombardearam e invadiram a Escola Secundária de Chibok para meninas, capturando 276 estudantes. Dezenas delas conseguiram escapar nas primeiras horas, mas 219 continuavam desaparecidas. As meninas sequestradas, algumas com menos de 10 anos de idade, foram obrigadas a se casar com radicais do grupo.
Não havia notícias das outras jovens desde o sequestro, até que o grupo extremista enviou um vídeo ao governo nigeriano como “prova de vida” em abril deste ano. O Boko Haram, cujo nome costuma ser traduzido como “a educação não islâmica é pecado”, luta para implantar um Estado islâmico no nordeste da Nigéria por meio de uma campanha de terror. Um de seus principais objetivos é atingir o sistema educacional, que, para os terroristas, não deveria admitir mulheres.
(Da redação)