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Níger confirma intenção em deter filho de Kadafi, dizem EUA

Ditador deposto envia mensagem a seguidores para ‘lutar até morrer’

Por Da Redação
12 set 2011, 20h02

O governo nigerino confirmou aos Estados Unidos que tem a intenção de deter o filho do ex-ditador líbio Muamar Kadafi, Saadi Kadafi, e que estuda o que fazer com ele, informou nesta segunda-feira o Departamento de Estado americano. Enquanto isso, o coronel enviou outra mensagem ao povo líbio, pedindo para seus seguidores “lutar até a morte”.

Entenda o caso

  1. • A revolta teve início no dia 15 de fevereiro, quando 2.000 pessoas organizaram um protesto em Bengasi, cidade que viria a se tornar reduto da oposição.
  2. • No dia 27 de março, a Otan passa a controlar as operações no país, servindo de apoio às tropas insurgentes no confronto com as forças de segurança do ditador, que está no poder há 42 anos.
  3. • Após conquistar outras cidades estratégicas, de leste a oeste do país, os rebeldes conseguem tomar Trípoli, em 21 de agosto, e, dois dias depois, festejam a invasão ao quartel-general de Kadafi.
  4. • A caçada pelo coronel continua. Logo após ele divulgar uma mensagem em que diz que resistirá ‘até a vitória ou a morte’, os rebeldes ofereceram uma recompensa para quem o capturar – vivo ou morto.

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“Confirmamos com o governo de Níger que Saadi cruzou a fronteira e que estão em processo ou já o transferiram à capital, Niamei, para efetuar sua detenção”, afirmou Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado, em entrevista coletiva. Segundo ela, o governo nigerino já havia expressado ao Conselho Nacional de Transição da Líbia (CNT) “sua predisposição a cooperar, da mesma forma que tinha feito previamente com outros membros do regime líbio”.

Segundo o primeiro-ministro nigerino, Brigi Rafini, Saadi Kadafi está entre os 32 membros do círculo íntimo do ex-ditador da Líbia que fugiram para o Níger em dois de setembro. Os líbios cruzaram a fronteira em quatro grupos separados durante os últimos dez dias e foram aceitos por “razões humanitárias”, disse Rafini durante uma reunião com diplomatas estrangeiros em Niamei. O premiê admitiu que as chegadas mais recentes incluem ainda oito aliados próximos de Kadafi, mas disse que nenhum dos que cruzaram a fronteira são procurados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

Na noite de domingo, o ministro da Justiça do Níger, Marou Amadou, havia declarado que o mandato de detenção internacional emitido pelo TPI não inclui Saadi, e por isso não havia problema em permitir sua estadia no país. Em uma entrevista coletiva, Amadou disse que o comboio no qual viajava Saadi foi interceptado no domingo no deserto de Tenere por uma patrulha militar e levado à cidade de Agadez, no norte do país, onde estão boa parte das autoridades do antigo regime líbio que buscaram refúgio no Níger.

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Carta – Apesar de já ter perdido a maioria dos membros de seu círculo interno, Kadafi lançou nesta segunda-feira mais uma mensagem aos seus seguidores para “lutar até a morte”. “Não podemos entregar a Líbia à colonização, portanto não nos resta outra alternativa que não seja lutar até a morte”, afirmava a mensagem do coronel enviada à rede de televisão síria Al Rai e lida pelo próprio dono da emissora, Mishan Jabouri.

“O povo líbio não pode voltar a ser governado após ter sido governador”, dizia ainda o ditador. Para ele, o objetivo dos rebeldes é fazer com que a Líbia volte ao estado no qual se encontrava antes de seu mandato, “quando era propriedade das empresas estrangeiras e não do povo líbio”.”Não nos resta outra opção que derrotar este golpe de estado, não podemos entregar nosso petróleo à França”, advertiu o tirano deposto, que esteve no poder durante 42 anos.

Países vizinhos

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Níger faz fronteira com a região sul da Líbia, no continente africano.

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O país, onde 90% da população pratica o islamismo, tem mais de 10 milhões de habitantes – a grande maioria deles vivendo em áreas rurais.

A capital é Niamei.

A língua oficial é o francês.

(Com agências EFE e France-Presse)

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