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Negociador-chefe de paz da oposição da Síria abandona o posto

A saída de Mohammad Alloush pode ser problemática para a já fragmentada oposição síria e para as negociações de paz no país

Por Da Redação
30 Maio 2016, 14h27

As negociações de paz para a Síria sofreram um duro golpe quando o negociador-chefe da oposição síria em Genebra, Mohammad Alloush, abandonou o seu posto nesse domingo. Segundo Alloush, a comunidade internacional fracassou em fazer um progresso concreto para encerrar o conflito de cinco anos na Síria, que continua a ser atingida por ataques cometidos pelo regime do presidente Bashar Assad.

“As últimas três rodadas de negociações em Genebra sob os auspícios da ONU não foram bem-sucedidas por causa da falta de disposição do regime em se comprometer e pela continuação dos bombardeios e agressões contra o povo sírio”, disse Alloush na noite de domingo, em carta ao Alto Comitê de Negociações, órgão representativo da oposição em Genebra.

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Alloush é membro do grupo rebelde sírio Jaysh al-Islam (Exército do Islã), que é apoiado pela Arábia Saudita, e era um dos representantes da oposição nas negociações arranjadas pela Organização das Nações Unidas para por um fim no conflito sírio. Segundo ele, a comunidade internacional não foi capaz de “implementar as decisões, especialmente com respeito ao aspecto humanitário”, para permitir a entrada de ajuda em áreas cercadas, a libertação de presos e um compromisso com o fim da violência.

O Alto Comitê de Negociações deve se reunir em Riad, capital da Arábia Saudita, em dez dias, a fim de formar uma nova delegação para as próximas conversas de paz e selecionar o substituto de Alloush, disse uma porta-voz. Mas, a saída do negociador-chefe pode ser particularmente problemática para a já fragmentada oposição síria e para as negociações de paz.

As rodadas de negociações anteriores em Genebra alcançaram pouco progresso no que se trata de uma transição política. Os membros Alto Comitê de Negociações agora acusam os EUA de se concentrar apenas na expulsão do grupo terrorista Estado Islâmico de Raqqa e não na luta contra o regime de Assad. A última tentativa de um cessar-fogo naufragou algumas semanas após seu início, em fevereiro. O enviado da ONU, Staffan de Mistura, adiou na semana passada as negociações por mais três semanas, afirmando que mais tempo era necessário para restabelecer a trégua e o acesso humanitário às cidades sitiadas.

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(Da redação)

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