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Na China, Trump busca apoio para lidar com a Coreia do Norte

Reunião entre os líderes tem objetivo de discutir os desequilíbrios comerciais entre os dois países e a tensão nuclear na região

Por Da Redação
Atualizado em 8 nov 2017, 17h58 - Publicado em 8 nov 2017, 17h50

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, juntamente com sua esposa, Melania, desembarcou nesta quarta-feira na China. O objetivo desta etapa da viagem asiática é, principalmente, forjar uma frente comum contra as ambições nucleares da Coreia do Norte.

O avião presidencial pousou no aeroporto de Pequim, vindo de Seul, para uma visita de menos de 48 horas à China, país que o republicano criticou duramente antes de sua eleição, há exatamente um ano, com a acusação de que “roubou” milhões de empregos dos Estados Unidos.

Recentemente, no entanto, Trump elogiou o presidente chinês Xi Jinping, pois sua ajuda é essencial em sua missão contra a Coreia do Norte. “Espero com muita impaciência a reunião com o presidente Xi, que acaba de obter uma grande vitória política”, escreveu Trump no Twitter algumas horas antes de chegar a Pequim.

Trump se referia ao novo mandato de cinco anos obtido por Xi Jinping no recente congresso do Partido Comunista da China (PCCh) e, portanto, à frente do país de maior população do mundo. “Ele o elogia para preparar o terreno e deixá-lo de bom humor porque tem coisas desagradáveis a dizer”, opinou o sinólogo Jean-Pierre Cabestan, da Universidade Batista de Hong Kong.

Relação com Coreia do Norte

A China, responsável por 90% do comércio com a Coreia do Norte, está em uma posição crucial para pressionar o regime de Kim Jong-un, que em setembro realizou um novo teste nuclear. O governo chinês se comprometeu a aplicar estritamente as últimas sanções da ONU contra a Coreia do Norte, mas rejeita as ameaças de Trump e defende um diálogo com o país vizinho.

Antes de viajar à China, o presidente americano fez em Seul uma nova advertência ao regime norte-coreano, com o apelo para que abandone o programa nuclear e saia do isolamento por meio da diplomacia. “Não nos subestimem”, declarou Trump em um discurso no Parlamento de Seul.

A visita de Trump à Coreia do Sul foi marcada pelo clima de tensão que impera na península após a intensificação do programa nuclear norte-coreano. Pyongyang realizou em setembro o sexto teste nuclear, o mais poderoso até agora, e lançou vários mísseis que teriam a capacidade de atingir o território americano.

Acordo comercial

De acordo com o Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, um dos objetivos da reunião entre os dois líderes é dialogar sobre os desequilíbrios comerciais entre os dois países. O enorme superávit comercial da China com os Estados Unidos tem incomodado o presidente americano.

Empresas americanas e chinesas assinaram acordos avaliados em 9 bilhões dólares. Foram dezenove acordos assinados durante uma cerimônia com a participação de Ross. Ainda não foram divulgados maiores detalhes sobre os acordos.

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Zona Desmilitarizada

Trump foi obrigado a suspender uma tentativa de visita surpresa à Zona Desmilitarizada que divide a península da Coreia devido ao mau tempo na manhã desta quarta-feira, o que o deixou “bastante frustrado”, segundo o governo americano.

A visita à Zona Desmilitarizada, onde os soldados de Seul e Pyongyang ficam separados por uma faixa de segurança marcada por blocos de concreto, é habitual na agenda dos presidentes americanos que viajam ao país.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, voou mais cedo para a região e ficou esperando por Trump na fronteira uma zona repleta de alambrados, minas e barreiras, segundo a imprensa. O encontro de Trump e Moon no local seria um “momento histórico”, já que nunca os líderes dos dois países realizaram tal visita juntos.

(com AFP e Reusters)

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