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Na carreata, Fidel continua dando ordens

O mantra do velório de Fidel é "Ordene!"

Por Duda Teixeira, de Havana
Atualizado em 30 nov 2016, 18h09 - Publicado em 30 nov 2016, 12h07

Jipe segue pelas ruas de Havana com a urna do Fidel (/)

**1/34** Urna com as cinzas do ex-presidente Fidel Castro é sepultada no cemitério Santa Ifigênia, em Santiago de Cuba *(Marcelino Vazquez/ACN/Reuters)*

**3/34** Pessoas vão às ruas para se despedir do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro *(Joe Raedle/Getty Images)*

**4/34** Cubanos celebram o 60° aniversário da chegada de Fidel Castro, junto com outros revolucionários, na Playa las Coloradas, em Cuba - 02/12/2016 *(Ivan Alvarado/Reuters)*

<span>Cubanos celebram o 60° aniversário da chegada de Fidel Castro, junto com outros revolucionários, na Playa las Coloradas, em Cuba - 02/12/2016</span> — **7/34** Cubanos celebram o 60° aniversário da chegada de Fidel Castro, junto com outros revolucionários, na Playa las Coloradas, em Cuba - 02/12/2016 *(Ivan Alvarado/Reuters)*

**8/34** Civis e militares se reúnem nas ruas de Santa Clara, em Cuba, para observar a passagem do comboio carregando as cinzas de Fidel Castro - 01/12/2016 *(Joe Raeddle/Getty Images)*

**13/34** Trabalhadores instalam placa em homenagem ao líder revolucionário cubano Fidel Castro, no município de Santa Clara - 30/11/2016 *(Ivan Alvarado/Reuters)*

**14/34** Veículo militar transporta cinzas do líder revolucionário cubano Fidel Castro, em Havana - 30/11/2016 *(Carlos Garcia Rawlins/Reuters)*

**15/34** Homem segura poster do líder revolucionário cubano Fidel Castro, em Havana, morto aos 90 anos - 29/11/2016 *(Ronaldo Schemidt/AFP)*

**17/34** Pessoas acompanham veículo militar que transporta cinzas do líder revolucionário cubano Fidel Castro, em Havana - 30/11/2016 *(Stringer/Reuters)*

**18/34** Veículo militar transporta as cinzas do falecido ditador cubano Fidel Castro no início de uma viagem de três dias para a cidade de Santiago, em Havana - 30/11/2016 *(Alexandre Meneghini/Reuters)*

**19/34** Estudantes da Universidade de Havana carregam bandeira cubana após a morte do líder revolucionário Fidel Castro - 28/11/2016 *(Stringer/Reuters)*

**20/34** Pessoas fazem fila na Praça da Revolução, em Havana, para prestar homenagens ao líder revolucionário cubano Fidel Castro, morto aos 90 anos - 28/11/2016 *(Carlos Barria/Reuters)*

**21/34** Mulher pinta rosto em homenagem ao líder revolucionário Fidel Castro, em Havana - 258/11/2016 *(Edgard Garrido/Reuters)*

**22/34** Bandeira cubana é vista na Praça da Revolução, no capital Havana, durante homenagens ao líder revolucionário Fidel Castro, morto aos 90 anos - 28/11/2016 *(Carlos Barria/Reuters)*

**23/34** Estudante da Universidade de Havana participa de homenagens ao líder revolucionário Fidel Castro, na Praça da Revolução - 28/11/2016 *(Alexandre Meneghini/Reuters)*

**24/34** Retrato do líder revolucionário Fidel Castro é visto ma província cubana de Artemisa, com os dizeres 'Eterno comandante'- 27/11/2016 *(Enrique de la Osa/Reuters)*

**25/34** Bandeira de Cuba é vista a meio-mastro na Embaixada Americana em Havana, após o líder revolucionário Fidel Castro falecer aos 90 anos - 26/11/2016 *(Yamil Lage/AFP)*

**26/34** Homem lê jornal em uma rua de Havana, em Cuba, dois dias após a morte do líder revolucionário Fidel Castro - 27/11/2016 *(Pedro Pardo/AFP)*

**27/34** Homem exibe retrato do líder revolucionário Fidel Castro e a bandeira cubana, em uma sacada da cidade de San Francisco de Asis, em Havana - 27/11/2016 *(Pedro Pardo/AFP)*

**28/34** Bandeira cubana é colocada a meio-mastro na Praça da Revolução, em Havana, após o anúncio da morte do líder revolucionário Fidel Castro - 27/11/2016 *(Carlos Barria/Reuters)*

**29/34** Adolescente observa celular em Havana, após o anúncio da morte do líder revolucionário cubano Fidel Castro - 27/11/2016 *(Stringer/Reuters)*

**30/34** Em Havana, bandeira cubana fica a meio mastro após morte de Fidel Castro *(Duda Teixeira/VEJA)*

**31/34** Movimentação nas ruas de Havana, em Cuba, após morte de Fidel Castro *(Duda Teixeira/VEJA)*

A palavra estava na capa dos livros de condolências espalhados pelas escolas e pelas empresas estatais, nas camisetas dos meninos perfilados no memorial e no grande evento realizado na terça-feira na Plaza de la Revolução.

O termo foi tirado da frase: “Comandante-em-chefe, nos dê ordens”, a preferida pelas Forças Armadas. Hoje, é uma forma de o Partido Comunista, que se declara o único herdeiro legítimo de Fidel, dizer que o povo continua querendo receber ordens.

Nas filas que se formaram dos dois lados do Malecón nesta quarta-feira perto das 6 horas da manhã em Havana, havia um soldado ou policial a cada 30 metros. Entre eles, havia também homens assumindo o papel de organizador e na mesma posição com as mãos para trás, mas em roupas civis.

Um homem com uma camiseta de Fidel passou ao longo da avenida mandando as pessoas mudarem de lugar, para preencher os buracos vazios que se formavam.

Pelas roupas, era possível ver claramente que os cubanos foram uniformizados do trabalho, apesar de ainda ser muito cedo. Os sonolentos médicos do centro policlínico de Havana Leste (na foto), todos de avental branco, chegaram ao local de ônibus — um luxo em um país onde quase não há transporte público.

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Pequenas bandeiras de Cuba, de plástico, foram distribuídas nas empresas estatais. Era impossível comprar uma na avenida por onde passou a carreata. Por ali, não se vendia nada.

A urna com as cinzas de Fidel Castro passou puxada por um jipe militar verde. Outros veículos militares e um blindado acompanharam o cortejo.

Depois que passou a carreata, os cubanos permaneceram imóveis, como se estivessem esperando ordens. Eles só começaram a sair do lugar após cerca de três minutos. “Já se pode ir”, disse uma mulher, quando viu as pessoas saindo de um lugar distante.

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**1/20** Fidel Castro tenta atravessar um riacho em cima de seu cavalo em Sierra Maestra, leste de Cuba, onde avançava com seu exército na tentativa de depor o ditador Fulgencio Batista, em dezembro de 1958 *(Consejo de Estado/AFP)*

**2/20** Fidel Castro (terceiro a dir.) ao lado de combatentes guerrilheiros, no ano de 1953 *(Oficina de asuntos históricos del consejo de Estado/AFP)*

**3/20** Líder cubano Fidel Castro é fotografado por jornalistas durante uma visita à cidade de Nova York, em 1959 *(Hulton Archive/Getty Images)*

4/20 Foto de 1959 mostra Fidel Castro e Camilo Cienfuegos entrando em Cuba logo após a vitória contra as forças de Fulgencio Batista (Prensa Latina/AFP)

**5/20** Fidel Castro lidera guerrilheiros que lutavam contra o ditador Fulgencio Batista, ao lado do argentino Ernesto Che Guevara e outros companheiros de guerrilha em 1957 *(Archivo Bohemia/AFP)*

**6/20** Fidel Castro acende seu charuto ao lado do argentino Che Guevara (1928-1967) durante os primeiros dias de sua campanha de guerrilha nas montanhas Sierra Maestra em Cuba, por volta de 1956 *(Hulton Archive/Getty Images)*

**7/20** Fidel Castro levanta a bandeira do Vietnã durante visita ao país enquanto ocorria a guerra do Vietnã contra os Estados Unidos, em 1973 *(/AFP)*

8/20 Fidel Castro em retrato feito logo após a derrubada do governo liderado pelo presidente Fulgencio Batista em 1959 (Lester Cole/Corbis/Getty Images)

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