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Mufti egípcio pede que muçulmanos sigam exemplo de Maomé

Líder sunita afirma que mulçumanos devem protestar, mas devem suportar - como Maomé - sem retaliações as ofensas à religião e ao profeta

Por Da Redação
20 set 2012, 20h05

Muçulmanos revoltados com o vídeo que satiriza Maomé devem seguir o exemplo do profeta de suportar os insultos e provocações sem retaliação, disse nesta quinta-feira em uma demonstração de sensatez Ali Gomaa, o grande mufti do Egito e máxima autoridade sunita. Segundo ele, os seguidores de Maomé devem protestar contra os “insultos” ao Islã, mas não devem retaliar com atos violentos, informou a agência Reuters.

Gomaa disse que Maomé e seus companheiros sofreram ‘os piores insultos dos não-crentes de seu tempo’. “Não foi somente a sua mensagem que foi rotineiramente rejeitada, ele mesmo foi muitas vezes perseguido fora da cidade, amaldiçoado e agredido fisicamente em várias ocasiões”, afirmou. E, em seguida, o mufti aconselhou os muçulmanos a seguirem o exemplo de Maomé. “Seu exemplo foi sempre de suportar todos os insultos e ataques pessoais, sem retaliações de qualquer tipo. Não há dúvida de que, sendo o profeta nosso maior exemplo de vida, essa deve ser a reação de todos os mulçumanos”.

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O grande mufti condenou o filme que satiriza Maomé e a publicação das caricaturas na revista francesa de humor Charlie Hebdo. Ele considerou o ato como uma incitação que demonstra como está polarizada a relação entre o Ocidente e o mundo islâmico.

Para ele, as ofensas ao Islã e a resposta dos islamitas – incluindo o assassinato do embaixador americano na Líbia e os ataques a outras embaixadas ocidentais na região – não podem ser dissociadas de outros pontos do conflito. Do ponto de vista da autoridade sunita, o tratamento aos mulçumanos na base naval de Guantánamo, a guerra no Iraque e a demonização do islamismo por partidos europeus de extrema-direita são “fatores subjacentes” dos ataques contra o Ocidente.

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As declarações de Gomaa ecoaram por Al Azhar, sede de uma prestigiosa escola sunita egípcia, que condenou as caricaturas de Maomé, mas afirmou que qualquer protesto deve ser pacífico.

No entanto, a mensagem de Gomaa contrasta com as declarações de outros líderes da região. O porta-voz do ministro de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, considerou que as caricaturas fazem parte de uma “conspiração sistemática” contra o Islã. “O silêncio coordenado e continuado dos países ocidentais em relação a essas odiosas ações anti-islâmicas é a principal razão para a repetição de tais ações ofensivas”. A afirmação ignorou que no dia anterior o chanceler francês, Laurent Fabius, condenou a publicação das caricaturas, considerando-a como uma provocação.

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