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Mais de 100 meninas de Chibok não querem deixar o Boko Haram

Adolescentes que seguem em cativeiro estariam com vergonha de voltar para casa, por terem casado e tido filhos com terroristas

Por Da redação
19 out 2016, 10h47

Após a libertação de 21 adolescentes, o governo da Nigéria está negociando a soltura de outras 83 meninas sequestradas pelo grupo extremista Boko Haram, há dois anos. De acordo com um líder comunitário, porém, mais de cem outras não desejam voltar para casa.

As estudantes capturadas, que tinham entre 16 e 18 anos na época, eram de maioria cristã e diversas delas foram convertidas ao islamismo e radicalizadas pelo grupo terrorista. Pogu Bitrus, presidente da Associação para o Desenvolvimento de Chibok, disse que algumas estão com vergonha de voltar para suas famílias porque casaram e tiveram filhos com extremistas.

Para Bitrus, que é próximo das negociações, as 21 adolescentes libertadas na semana passada devem ser educadas no exterior, pois correm o perigo de serem estigmatizadas na Nigéria. As jovens que conseguiram escapar por conta própria ainda em 2014, poucas horas após o sequestro, foram tachadas como “mulheres do Boko Haram” e criticadas na comunidade. Agora, pelo menos vinte delas estão terminando a escola nos Estados Unidos.

De acordo com a revista Time, algumas meninas libertadas disseram aos pais que foram separadas em dois grupos assim que chegaram ao cativeiro. Os comandantes do Boko Haram teriam dado a escolha de se juntarem aos extremistas, abraçando o islamismo, ou de se tornarem suas escravas, disse Bistrus. As garotas recuperadas pelo governo pertenciam ao grupo das que se negaram à conversão e, por isso, faziam trabalhos forçados.

As 21 meninas libertadas recentemente se reuniram com suas famílias no último domingo, depois de terem a soltura negociada através da Cruz Vermelha Internacional. Das 276 estudantes sequestradas em 2014, 57 conseguiram fugir logo depois e o exército confirmou ter encontrado mais uma em maio. Mais de 190 meninas ainda estão em poder do grupo terrorista e algumas podem ter morrido no cativeiro.

(Com Estadão Conteúdo)

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