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Mais de 100.000 manifestantes em Moscou contra Putin

Por Por Maria Antonova
12 jun 2012, 12h29

Milhares de manifestantes, reunidos aos gritos de “A Rússia será livre”, protestaram em Moscou nesta terça-feira contra o terceiro mandato do presidente Vladimir Putin, apesar da forte repressão da polícia aos líderes da oposição no dia anterior.

A multidão, composta por jovens que, em sua maioria, usavam fitas brancas, símbolo do movimento, seguiram por uma importante avenida até a Praça Pushkin, enquanto Putin lançou ameaças, em um discurso para marcar o feriado nacional russo, de que nenhum tipo de levante será tolerado.

Um dos organizadores diz que a chamada “Marcha dos Milhões” reuniu mais de 100.000 pessoas. Já o departamento de polícia da capital russa contabilizou apenas 18.000 participantes.

No entanto, imagens aéreas da manifestação principal pareciam mostrar pelo menos o dobro do número informado pela polícia.

“Queridos amigos, estão com medo de nós e nós não temos medo deles”, afirmou o veterano líder opositor Boris Nemtsov para uma multidão sorridente na avenida Sakharov, cenário parecido com o das manifestações de seis meses atrás.

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O protesto acontece em um clima de tensão, depois que dezenas de casas de líderes da oposição foram revistadas na segunda-feira, ato condenado por Washington e que fez surgir o temor de que o ex-agente da KGB possa levar o país a um retrocesso político.

Quase todos os líderes da mobilização estavam ausentes, convocados por um comitê de investigação para falar sobre os confrontos durante a manifestação de 6 de maio.

Putin prometeu nesta terça-feira que não permitirá que seus seis anos de mandato sejam abalados por revoltas.

“Não podemos aceitar nada que enfraqueça nosso país e divida a sociedade”, declarou Putin em um evento para o feriado nacional russo. “Qualquer decisão ou medida que leve a distúrbios sociais e econômicos é inaceitável”.

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Analistas veem o movimento como o maior desafio já enfrentado pelo homem forte em seu 12 anos de dominação na Rússia como presidente e primeiro-ministro.

Putin, por sua vez, preferiu responder aos protestos com repressão e acusou diversas vezes o Departamento de Estado dos Estados Unidos de incitar indiretamente os protestos com verba.

A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, indicou que na segunda-fera que Washington “está profundamente preocupado com aparente perseguição a líderes da oposição russa na véspera da data planejada para a manifestação”.

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