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Maduro lança versão chavista de “Despacito”

Autores da música rejeitaram publicamente a canção lançada pelo presidente

Por Da redação
Atualizado em 24 jul 2017, 20h46 - Publicado em 24 jul 2017, 17h12

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se aproveitou do sucesso da música “Despacito” e lançou uma versão chavista do hit  para promover o seu projeto de reforma constitucional. A versão da música dos porto-riquenhos Luis Fonsi e Daddy Yankee e da panamenha Erika Ender, foi divulgada durante o programa “Domingos com Maduro”. A letra defende que a nova Constituinte trará “paz e união” para o país e convida a população a votar no projeto.

Os músicos rechaçaram o uso da música pelo presidente em sua campanha. “Minha música é para todos aqueles que queiram escutá-la e apreciá-la, não para usar como propaganda que tenta manipular a vontade de um povo que está pedindo a gritos sua liberdade e um futuro melhor”, afirmou Fonsi em uma publicação hoje em sua conta no Instagram.

Em uma mensagem também no Instagram, Daddy Yankee disse que Maduro tinha se apropriado “ilegalmente” da música em uma “piada” com o povo venezuelano. “Com esse nefasto plano de mercado, você só continuará colocando em evidência seu ideal fascista, que matou centenas de heróis e (deixou) mais de 2 mil feridos”, escreveu Yankee.

“Ver que uma canção, da qual tenho coautoria, está sendo utilizada sem permissão para publicitar campanhas vinculadas a um regime que causa descontentamento e sofrimento a um país, longe de me alegrar, me indigna e não aprovo sua utilização”, disse a compositora Erika Ender em uma mensagem publicada em seus perfis nas redes sociais.

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A ação de Maduro acontece em mais uma semana tensa para o país. No próximo domingo (30) serão eleitos os 545 membros da Assembleia Nacional Constituinte. A oposição luta contra as investidas do governo e critica a reforma da constituição sob o argumento de que se trata de mais uma manobra de Maduro para prolongar seu mandato, que termina em janeiro de 2019.

Após a onda de protestos que ocorrem desde abril, a Mesa da Unidade Democrática realizou em julho um referendo não oficial como forma de pressionar o presidente a repudiar seu plano de alterar a Constituição. Na consulta, mais de 7 milhões de venezuelanos rejeitaram o projeto. Maduro, no entanto, não reconheceu o referendo, que afirma ter sido fraudado, e acusa a oposição de promover a violência para dar um golpe de Estado com a ajuda dos Estados Unidos

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Na semana passada, a oposição organizou uma greve geral de 24 horas. Outra paralisação está prevista para acontecer nesta semana, desta vez, com 48 horas de duração.

(Com agência EFE e AFP)

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