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Jovens do Pussy Riot são condenadas a 2 anos de prisão

As três integrantes do grupo punk cantaram dentro de uma igreja uma 'oração' em protesto contra Vladimir Putin - e caso ganhou repercussão internacional

Por Da Redação
17 ago 2012, 08h39

As três jovens que integram o grupo punk Pussy Riot, acusadas de vandalismo por terem cantado uma “oração” em protesto contra o presidente Vladimir Putin, foram consideradas culpadas por um tribunal russo nesta sexta-feira. A manifestação ocorreu em fevereiro, na catedral de Cristo Salvador, em Moscou. A sentença, cuja leitura demorou mais de duas horas, é de dois anos de prisão.

A juíza Marina Syrova afirmou que as acusadas foram motivadas por ódio religioso e prejudicaram “grosseiramente” a ordem social. Já as rés dizem que a sua “oração punk” foi um ato político em protesto contra o apoio do líder da Igreja Ortodoxa Russa ao presidente Vladimir Putin. A promotoria da capital russa pedia três anos de prisão para as jovens.

O caso ganhou repercussão internacional, envolvendo organizações em defesa da liberdade de esxpressão e até celebridades como a cantora Madonna, que declarou seu apoio às garotas em um show em Moscou, e o músico Paul McCartney, que pediu a libertação delas. A Anistia Internacional emitiu um comunicado no qual as considera “prisioneiras de consciência”.

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Nesta sexta, centenas de pessoas se concentraram nas imediações do tribunal de Moscou que ditará as sentenças das três integrantes do grupo punk, situado no distrito Jamovniki, para pressionar as autoridades. Vários manifestantes foram presos, entre eles o coordenador da opositora Frente de Esquerda, Sergei Udaltsov, que exigia a libertação das jovens. A polícia conta com inúmeros soldados antidistúrbios.

A Igreja Ortodoxa Russa pediu que as autoridades mostrem “clemência” com o grupo punk. “Sem questionar a legitimidade da decisão judicial, pedimos que as autoridades estatais mostrem clemência nos quadros da lei”, afirmou o conselho de mais alto escalão da Igreja em um comunicado citado pela agência de notícias estatal RIA Novosti.

Repressão – A “oração” contra Putin provocou muitas reações de desaprovação também na Rússia, um país que experimenta pouco desenvolvimento da democracia e da liberdade de expressão após a fim do regime soviético, em 1991. Recentemente, Putin sancionou uma lei que pune manifestações contra o governo.

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Muitas personalidades russas, incluindo as pertencentes à comunidade cristã ortodoxa, defenderam as jovens e consideraram desproporcionais as acusações apresentadas contra elas e a sua permanência na prisão. Além de vandalismo, Nadezhda Tolokonnikova, 22 anos, Yekaterina Samutsevich, 29, e Maria Alyokhina, 24, foram acusadas também de incitação ao ódio religioso.

“O crime é grave e a promotoria considera que sua correção só é possível em condições de isolamento da sociedade. A punição necessária deve ser uma verdadeira privação de sua liberdade”, disse um dos promotores responsáveis pelo caso. Na quinta-feira, o ex-presidente da União Soviétia, Mikhail Gorbachev, disse que o episódio jamais deveria ter ido parar na Justiça e classificou o processo de “um fato completamente despropositado”.

Ouça o novo single do Pussy Riot, Putin Lights Up The Fires:

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